Caros leitores, esta semana os vereadores não tiveram que esquentar a cabeça para votar nenhum projeto polêmico, mas nem pro isso a ordinária de segunda à noite foi mais tranquila. Parlamentares da oposição sentaram o dedo na metralhadora giratória contra o governo municipal, o que tem sido uma praxe nas últimas semanas.
Depois da denúncia da falta de agulhas apropriadas para vacinação contra a Covid-19, agora os oposicionistas direcionaram a lupa para a falta de insumos na rede municipal de saúde, principalmente da UPA 24 Horas.
“Ausência de medicamentos, de material de limpeza, de EPI’s, de papel toalha pra enxugar as mãos e ainda lâmpadas queimadas e descarte irregular de materiais usados em procedimentos com pacientes. (…) Qual o propósito de se arrebentar com a UPA? Teve uma vez que a secretária de Saúde [Clara Carvalho] esteve na nossa Casa e falou que a UPA é cara. Só que caro é economia porca. É você trazer esse caos. (…) É criar o caos pela ordem”, disparou Joelma Franco.
Lúcia Tenório informou que, além disso tudo, os funcionários contratados pelo Consórcio 8 de Abril, mantenedor da UPA, estão com os seus salários atrasados. “Ouço muita reclamação.” O Consórcio é presidido pelo prefeito de Mogi Guaçu, Rodrigo Falsetti.
“Eu estive na UPA e a unidade está carente de tudo. Não tem nada. Nas UBS’s também faltam insumos básicos para atender um paciente, que eu mesmo verifiquei. Estão usando ambulâncias, alugadas por R$ 15 mil, para fazer entrega de material nos postos de saúde. Olha que absurdo. Isso, senhor líder do prefeito [Dirceu Paulino], é falta de gestão do governo [Paulo Silva] que o senhor apoia”, emendou Tiago Costa.
Dirceu, por sua vez, reconheceu que há problemas, sim. “Temos problemas, sim. Mas continuo acreditando que esta Administração vai tornar a cidade melhor”, respondeu, com a serenidade de sempre.
Por hoje, só sexta que vem.
