Há alguns anos, era raro presenciarmos crianças em inatividade. Em sua maioria, eram incentivadas ao movimento corporal: subiam em árvores, brincavam de esconde-esconde, criavam suas próprias brincadeiras e regras. E o difícil era fazer com que parassem de brincar.
Infelizmente, na atualidade, a realidade é outra. Fatores como a falta de segurança, o crescente aumento da tecnologia, com jogos eletrônicos cada dia mais atrativos aos olhos de uma criança e, especificamente, o confinamento decorrente da quarentena por conta da pandemia de Covid-19, só fizeram contribuir com o sedentarismo infantil.
Observamos crianças que, ao mínimo esforço, sentem-se cansadas, ofegantes, apresentando reações preocupantes e em plena falta de respostas positivas puramente esperadas nesta faixa etária.
A criança precisa movimentar-se. Mais que isso, é fundamental para a sua saúde. A probabilidade de uma criança fisicamente ativa se tornar um adulto também ativo é muito maior e isso só trará benefícios incalculáveis à sua longevidade.
É de fato dificílimo proibir definitivamente o uso de eletrônicos. Até mesmo por também auxiliarem em outros fatores de aprendizagem aos pequenos. Porém, é possível controlar e equilibrar esse acesso para evitar que passem o tempo todo em ociosidade.
Correr, saltar, rolar, pular, lançar. São todos movimentos necessários e que fazem parte da infância. A atividade física, para elas, é através da ludicidade, da diversão e isso deve ser apresentado de forma muito simples. Não há nenhuma necessidade de grandes espaços, instalações adequadas e material didático.
A atividade física pode divertidamente estar em pular corda, em pular um jogo de amarelinha com regras atrativas, em simular um jogo de petecas feitas de bola de meias. A fantasia de uma criança é tão enriquecedora, que basta um estímulo, um incentivo, que ela criará movimentos e desafios diferentes a serem cumpridos por ela mesma. Vamos lutar contra o sedentarismo infantil, proporcionando uma dose diária de movimentos corporais e muita brincadeira.