A torcida do Mogi Mirim ficará no setor tradicionalmente utilizado pelos visitantes no jogo decisivo diante do Palmeiras, no domingo, às 16h, no Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira, pela última rodada do Paulistão. A entrada da torcida mogimiriana será pelo portão localizado nas proximidades do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae). Para a torcida mogimiriana foi reservada a carga de apenas 2,3 mil ingressos. A torcida palmeirense terá acesso ao estádio pela entrada principal, habitualmente utilizada pelos mogimirianos.
Os ingressos para a partida custam R$ 60, com meia-entrada de R$ 30, e já estão à venda na bilheteria do estádio, das 9h às 17h, e no Supermercado Lavapés, do Tucura. A não realização de uma promoção tem como um dos objetivos lucrar com a renda.
A entrada pelo setor habitualmente do adversário em pleno estádio do clube gerou revolta em torcedores, revelada na rede social do clube, com internautas apontando ser um absurdo de se sentirem visitantes na própria casa.
Segundo a assessoria de comunicação do Mogi Mirim, a decisão foi tomada a pedido da Polícia Militar por questões de segurança. Isso porque a expectativa é de grande presença de palmeirenses por se tratar de um jogo decisivo e apenas a área de visitante não seria suficiente para abrigá-los. Desta forma, havia o temor que torcedores do Palmeiras ficassem junto com a torcida do Mogi.
A assessoria informou que o Mogi Mirim tentou dividir o estádio de forma diferente, de tal forma que a torcida do Sapo entrasse pela entrada principal e os palmeirenses teriam dois acessos diferentes. Porém, seria necessário um efetivo maior da Polícia. Pela ideia descartada, a torcida do Mogi ficaria nas arquibancadas localizadas logo na entrada, fazendo a curva até o setor onde ficam localizadas as cadeiras cativas. Já os palmeirenses ficariam na área dos visitantes e no setor do tobagã, com acesso diferente da entrada do Mogi Mirim.
A assessoria do clube admitiu ter havido propostas para vender o mando para outro local, mas garantiu que a ideia da diretoria era mesmo realizar a partida em Mogi. No entanto, caso a equipe já estivesse rebaixada, a hipótese de vender o mando cresceria.
Julgamento
O julgamento da confusão ocorrida no jogo diante do Novorizontino, que seria na segunda-feira, foi adiado para o dia 11. Desta forma, a possibilidade de o Mogi perder o mando de campo para o jogo diante do Palmeiras foi descartada. Na confusão do jogo diante do Novorizontino, o árbitro José Cláudio Rocha Filho, segundo relatou, foi ofendido e ameaçado pelo presidente do Mogi, Luiz Henrique de Oliveira, descontente com a arbitragem. A porta do vestiário da arbitragem foi arrombada, mas não houve identificação do autor dos chutes. Depois do jogo, torcedores do lado de fora do estádio arremessaram pedras em direção ao estacionamento.
