Substituindo o diretor da Expresso Fênix, Victor Hugo Chedid, que não compareceu à Câmara para prestar esclarecimentos sobre o transporte urbano, Sandro Rogério de Souza, gerente operacional da viação, declarou aos vereadores na Câmara Municipal, esta semana, que a empresa não tem previsão para ampliação da frota nem de horários.
“Não há demanda para isso ainda”, disse.
Chedid foi convocado duas vezes através de requerimento do vereador Alexandre Cintra (PSDB). Em ambos os casos, alegou compromissos já assumidos.
Sandro justificou com dados a falta de previsão para o transporte voltar ao normal. Informou que a empresa trabalha com nove carros, exatamente metade da frota que corria o município antes da pandemia.
“A frota atual comporta a demanda”, diz.
Informa que, atualmente, são transportados de 2,2 mil a 2,5 mil passageiros por dia ante cerca de 5 mil a 5,5 mil passageiros por dia antes da quarentena provocada pelo novo coronavírus (Covid-19).
“A média de passageiros por veículo por dia era de 426 antes da pandemia. Em fevereiro caiu para 327 e agora é de 210. De dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, rodamos 159 mil quilômetros transportando 95 mil passageiros. Agora são 68 mil km e 34 mil passageiros”, apontou. “Quando tem lotação maior, colocamos carro de apoio”, disse.
Também informou que esses dados são monitorados semanalmente em conjunto com a Secretaria de Mobilidade Urbana. Se amentar o número de passageiros, da mesma forma será ampliada a frota e as linhas, garantiu Sandro.
Sem citar valores, o gerente da Fênix disse que a empresa trabalha no vermelho desde março, início da quarentena contra a Covid-19.
“Hoje, a demanda não é suficiente para cobrir os custos da empresa”, declarou.
Vereadores cobraram de Sandro maior atenção nos horários de picos, quando há aglomerações, mais linhas para bairros na zona rural. Ele diz que a prioridade é atender aos trabalhadores.
As linhas e a tabela de horários dos circulares podem ser acompanhados em tempo real pelo aplicativo de celular – CittaMobi – ou por aqui.