O técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão, não acredita no fim das atividades do Mogi Mirim, mesmo se um dia Rivaldo sair. Na visão de Vadão, a localização privilegiada e a estrutura, envolvendo o estádio, servem de chamariz para investidores. “Não acredito que acabe, pela situação geográfica, próximo a Campinas e São Paulo, é um centro muito cobiçado. Com toda estrutura montada, eu acho que deve aparecer algum investidor”, analisou o treinador, que esteve em Mogi no sábado comandando a Ponte em jogo-treino, antes de acertar com a seleção feminina.
Vadão lamenta ver o Mogi em crise em função de a estrutura ter sido bem arquitetada pelo ex-presidente Wilson Barros. “É triste, o Wilson mudou a história de Mogi no cenário brasileiro, não do Mogi futebol, da cidade. Carrossel Caipira que começou comigo foi um grande marco, Mogi foi muito bem administrado, como foi bem pelo Rivaldo e fico muito triste se realmente isso acontecer (saída de Rivaldo)”, comentou no sábado, antes do dirigente confirmar o Sapo na Série C do Brasileiro.
Sobre as razões que levam o Mogi à crise, Vadão entende ser uma junção de fatores, que explicam os problemas gerais de clubes do interior. “Futebol hoje você tem que ter parceiros. Hoje, você não conta com renda. O público só prestigia nos momentos decisivos. Rivaldo está encontrando dificuldades, como a Ponte está encontrando depois que saiu da Série A para a B”, afirmou.
O treinador lembra que a Lei Pelé dificultou a vida dos clubes pequenos. Hoje, os atletas ficam livres com o encerramento de seus contratos e procuram compromissos mais curtos com times pequenos. “A Lei do Passe sacrificou as categorias de base do interior. E na época do Wilson, você vendia, fazia dinheiro e investia novamente, essa fase passou, está difícil”, analisou.
