Três casos de violência contra a mulher foram registrados em menos de 48 horas em Mogi Mirim, sendo que dois deles ocorreram no mesmo dia, 28, último sábado, em três horas de diferença, sendo um às 10h e outro às 13h, no Jardim Flamboyant e no Residencial Floresta, respectivamente. Já o terceiro caso se deu no bairro Jardim Santa Clara, no dia 29, às 19h.
O primeiro caso, ocorrido no Jardim Flamboyant envolveu uma autônoma, de 41 anos, e um desempregado, de 28. A vítima procurou a polícia e acusou o seu companheiro, que há três anos vive com ela, de violência doméstica. Ela contou que diversas vezes chegou a ser agredida, com empurrões, puxões de cabelo e até socos no rosto, mas que nunca havia denunciado, uma vez que o homem sempre pedia perdão e a vítima acabava aceitando. No entanto, no sábado, o caso foi parar na polícia. O homem, segundo a vítima, iniciou as agressões por conta de não ter localizado um carregador de celular, passando a agredi-la fisicamente, jogando-a no chão e desferindo vários chutes contra ela. A mulher contou que além da agressão física, ele também a ameaçou de morte, dizendo que iria retornar para esquartejá-la.
Três horas depois, mais um caso de violência, sendo registrado no Residencial Floresta, às 13h. Uma empregada doméstica, de 43 anos, disse ter sido agredida por um ajudante de pintor, de 31. A mulher contou que vive com o homem faz dois anos e meio e que também já foi agredida diversas vezes, mas que não chegou a registrar ocorrência, pois acreditava que era possível que ele mudasse de comportamento. No entanto, a melhora não ocorreu e, no sábado, ele voltou a agredi-la com socos e pontapés, acertando sua cabeça, braços e pernas. Ainda teria quebrado um celular e o relógio medidor de energia elétrica.
A vítima contou que logo que as agressões se iniciaram, ela saiu na rua e foi em direção da casa de sua amiga. O homem, de acordo com ela, continuava a ameaçá-la, dizendo que se fosse na casa da tia dele “iria apanhar igual aquele dia”. Essa frase, ela contou, era referente à agressão cometida por ela a cerca de quinze dias, quando ele quebrou sua costela com um soco, gerando até seu afastamento do serviço.
Já o caso de domingo, dia 29, ocorreu no Jardim Santa Clara, envolvendo uma mulher, de 19 anos, e seu companheiro. A vítima disse que faz oito meses que eles estão morando juntos e que o homem sempre a agrediu verbalmente e fisicamente, não sendo denunciado até então. Mas, no domingo, segundo ela, por motivos fúteis, ele teria jogado seu celular no chão, lhe empurrado e ainda ameaçado chamar a mãe e a irmã para agredir a vítima. O caso ocorreu às 19h.