A partir de amanhã, a corrida eleitoral inicia uma contagem de três meses até a eleição municipal. O pleito, agendado para 15 de novembro em decorrência da pandemia do novo coronavírus, deve ocupar boa parte do noticiário profissional e também das conversas entre familiares, amigos e colegas de trabalho.
Na Baixa Mogiana, Mogi Guaçu e Itapira elegerão um novo “Chefe do Executivo” para o quadriênio 2021/2024. Walter Caveanha, em Mogi Guaçu, e José Natalino Paganini, em Itapira, estão no oitavo ano de mandato e não podem brigar pela reeleição. Porém lá, como cá, chovem pré-candidatos neste período em que nada oficial.
A diferença é que Mogi Mirim tem um cenário mais complexo. Afinal, Carlos Nelson Bueno (PSDB) busca a reeleição (um eventual quarto mandato, já que também comandou a cidade entre 2005 e 2012).
E, por mais que ele mesmo tenha colocado em entrevistas recentes que ainda não é candidato, tudo indica que só o faz por mero protocolo. Afinal, o calendário eleitoral prevê o início das convenções partidárias apenas para 31 de agosto, quando, aí sim, os partidos poderão registrar, oficialmente, as suas chapas.
E com a proximidade da eleição por aqui, a dúvida que fica é se todos os outros sete pré-candidatos que ainda sustentam este status seguirão assim ou se haverá junções dentro da oposição. Afinal, a tradição é que muitos cantem a bola, mas apenas com a intenção de conseguir vaga de destaque em algum time com chance de vitória.
E a quantidade de candidatos efetivos é importante porque, até para o mais leigo “especialista político”, uma eleição com oito candidatos, sendo sete da oposição, facilita o trabalho de quem é situação.
Afinal, a fatia de apoio ao governo tem um nome só, o dele. Já quem está insatisfeito precisa pensar em sete nomes.
E, apesar dos principais destaques serem os ex-prefeitos Paulo Silva (PDT) e Ricardo Brandão (Podemos), todos os demais estão trabalhando na captura de apoiadores e criando frentes para tornar a vitória algo além do sonho.
É claro também que esta divisão não garante a vitória a CNB, mas abre caminho para uma margem menor de votos do que se tivesse menos adversários. A oficialização de quem realmente vai brigar pela cadeira de prefeito está mais próxima e as conjecturas e projeções podem se tornar mais palpáveis.
Cada candidato vai trabalhar com as armas que têm na mão. Inclusive, com apostas mais maciças em ataques e contra-ataque que em propostas. Porém, para nós, eleitores, o jogo começa quando os times estiverem oficialmente escalados e esta hora está cada vez mais perto de chegar.