Para tentar voltar aos índices de cobertura vacinal registrados antes da pandemia, a Secretaria Municipal de Saúde, por intermédio da VE (Vigilância Epidemiológica), ampliou o horário de imunização nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) da cidade. A partir de agora, os postos de vacinação ficam abertos das 8h às 16h, inclusive no horário de almoço.
“A vacinação não para e isso facilita, por exemplo, para os pais que só podem trazer os filhos na UBS na hora do almoço”, justificou a enfermeira Daniela Cristina Berg, coordenadora da VE. Ela explica que a cobertura vacinal da cidade caiu em relação aos últimos anos.
“Temos quatro vacinas que são prioritárias para uma cobertura imunológica das crianças, que são a pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus), a pólio, pneumo e a tríplice viral (contra o sarampo, rubéola e caxumba)”, frisou.
Dessas vacinas, a pneumo ainda mantém um bom patamar de vacinação na cidade, com 94% registrado em 2022. Já a pentavalente teve 89% das crianças imunizadas, quando o preconizado pelo Ministério da Saúde é 95%. A tríplice e a pólio atingiram 87,6% e 88,6%, respectivamente.
“Temos que melhorar esses índices ainda este ano”, salientou. A enfermeira disse que, entre os motivos para a queda da vacinação, principalmente entre as crianças, ela acredita que estejam as incertezas dos pais sobre a eficácia – mais do que comprovada – das vacinas, a opinião de alguns médicos contra a cobertura vacinal, “teorias conspiratórias” e a própria política oficial de Saúde dos últimos quatro anos, que era claramente contra vacinas.
“O Brasil, que já foi um exemplo para o mundo em termos de imunização, agora corre para recuperar essa status”, lamenta. Ela observa que somente com uma cobertura correta, ou seja, quando se aplicam todas as doses, é que uma criança terá um sistema imunológico realmente eficaz contra essas doenças. Por isso ela apela aos pais ou responsáveis que atualizem, sempre, a caderneta de vacinação dos filhos. “A vacinação contra a pólio, por exemplo, é feita com três doses. Já para pneumo e tríplice são necessárias duas doses. Sem essa quantidade de imunizantes, a criança permanece desprotegida”, orienta.
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