Caro leitor de O POPULAR, esta é a última edição da nossa versão impressa em 2021. Estamos chegando ao final de mais um ano. Sempre é motivo de “retrospectar”, de avaliar o que foi e o que não foi feito e planejar o próximo ano. É algo natural, mas que, para 2022, traz aspectos incomuns à nossa geração.
Afinal, passamos dois anos emergidos em uma batalha. A luta contra a pandemia deixou feridas que jamais cicatrizarão, como as mortes de pessoas amadas. Tem ainda as consequências clínicas para muitos dos que sobreviveram e, menos importante, óbvio, mas também notável, que é o agravamento da crise econômica.
Falamos em fome. Praticamente desde o começo deste século, com o advento de políticas públicas mais sociais, a fome não era notícia como sempre foi. O desemprego, que já tinha números assustadores antes da pandemia, ficou ainda mais intenso e não dá para falar em desejos para 2022 sem querer mais renda, mais comida no prato. Mais dignidade ao nosso sempre sofrido povo brasileiro.
Além de vencermos de vez a Covid-19, que ainda assusta, com suas variantes, mas que segue sendo derrotada, graças à vacinação, temos que vencer a fome e a miséria. Temos que voltar a ser o país da oportunidade para que o filho da empregada se forme em medicina junto com o filho do patrão. E que depois, em excursão, se cruzem na Disney. Um Brasil menos desigual, já que, convenhamos, igual nunca será.
Para que o Brasil seja o país da oportunidade para todos e também das melhores condições para quem deseja sair da casinha e arriscar, empreender. A roda precisa girar, o pobre precisa constar no plano de nação, mas quem pretende abrir o próprio negócio ou ampliar a própria empresa precisa do melhor cenário possível para isso.
E, sem dúvida alguma, podemos dizer que todos estes aspectos dependem de uma coisa: mais amor. Sim… Temos que nos unir. Temos que abraçar os diferentes e criar um Brasil que não ofereça espaço para o ódio, um Brasil que, a partir de 2022, demonize aqueles que se sentem superiores aos demais, aqueles que servem às maiorias e cobram das minorias subserviência.
Não dá para traçar um Brasil melhor sem pensar em mais amor ao próximo. É o ano em que até mesmo os nossos gestos como cristãos serão desafiados. Porque, para realmente seguir as premissas do Criador, temos que pensar em paz, em harmonia, em respeito às diferenças, em perdão. Que o 2022 do brasileiro seja de retomada da esperança e seja de muito amor aos seus e aos diferentes. Um Feliz Ano Novo repleto de amor!