A demolição do antigo Casarão Amarelo, localizado entre a Rua Chico Venâncio e Acrísio da Gama e Silva, no Centro, completa um ano na terça-feira, aniversário dos 244 anos de Mogi Mirim. Considerado um dos maiores patrimônios arquitetônicos da cidade, ele ainda paira na memória de inúmeros mogimirianos, que viram em poucas horas o prédio ruir. De um ano para cá nada foi levantado no espaço e o que resta é a perspectiva da construção de um miniterminal de ônibus, projeto anunciado pelo prefeito Luis Gustavo Stupp (PDT), mas que ainda não mostra sinais de que se transformará em realidade.
Entre vários moradores, o casarão, construído na década de 1910 abrigou o ex-prefeito Antonio Tavares Leite, o Nhô Tó e era marcado pela imponência, já que além de sua bela estrutura, possuía cerca de 20 cômodos. Na manhã de 22 de outubro do ano passado, ele foi demolido em poucas horas, em trabalho realizado por uma empresa de terraplanagem, com o auxílio de uma retroescavadeira e sem aviso prévio aos moradores da região. A intenção era que a demolição acontecesse de forma tranquila, mas o que se viu foi um amontoado de problemas.
Todo o concreto foi jogado ao chão, invadiu ruas, quebrou calçadas e danificou postes de energia. Mesmo com o feriado, o trabalho de demolição pegou todos de surpresa. Vários moradores e comerciantes do Centro ficaram sem telefone e internet por dois dias devido a queda de fios e cabos de telefone. Modens de internet e máquinas de cartão de débito e crédito também foram afetadas, em cenário que causou muita reclamação.
Devido à força do material utilizado na construção do casarão, que caia nas ruas, postes de energia foram impactados. Além do fato de ter sido demolido, a destruição do Casarão foi lamentada devido ao prédio ser uma construção clássica, com uma linha arquitetônica especial. A área inclusive, chegou a ser desapropriada pela Prefeitura e meses após o anúncio, a decisão foi revogada. O proprietário do terreno é o empresário Marcelo Jeanetti
Projetos
Desde o fim do Casarão e aliado ao mandato do prefeito Luis Gustavo Stupp, a área já foi alvo de inúmeros projetos, mas até agora tudo segue uma incógnita. A prefeitura anunciou para o local a construção de um miniterminal de ônibus urbano em setembro, após cancelar a desapropriação. As obras começariam em 30 dias, mas até agora o que se vê no antigo Casarão Amarelo é um terreno vazio e cercado por um alambrado.