O encerramento de todo ano é uma oportunidade interessante para se fazer um balanço das ações e realizações, apurando o que de bom aconteceu e que possa ter lançado as bases de um novo ano mais próspero e feliz. Mais que uma mera mudança no calendário, o período é propício para que se faça a revisão de propósitos e que se renovem as disposições de construir um mundo melhor, mais justo e equilibrado.
É inevitável que os acontecimentos sejam analisados, refletidos, comparados e julgados, sob a perspectiva de saber quais objetivos foram alcançados, promessas cumpridas, trabalhos realizados. A retrospectiva de 2013 teve muitos aspectos positivos a serem considerados em Mogi Mirim. A cidade atravessou o ano sob a expectativa de um novo governo e de mudanças políticas que se perderam. Foi uma grande frustração na medida das promessas não cumpridas, da formação de uma equipe de governo transitória, instável e confusa, ainda incapaz de apresentar uma estrutura de trabalho transparente, coesa e comunicativa.
Pelo contrário, nem mesmo as melhores conquistas foram comunicadas à população, dando espaço a um esforço publicitário de repetir meias verdades. Há sempre a renovada esperança de que Gustavo Stupp finalmente possa mostrar-se identificado com a sua cidade e comece de fato a administrar os problemas da cidade com um pé na realidade.
No Legislativo, a ampla rejeição da opinião pública apresenta aos vereadores um indicativo de que as coisas devem mudar. Não é possível que um poder constitucional se vergue à pressão e tenha um desempenho tão pífio, negando mesmo o debate aberto, a defesa das ideias, substituídos por evasivas interjeições nas redes sociais.
Há uma perspectiva de renovação que não se confirmou no primeiro ano, mal se definindo as posições políticas, de alguns por interesses pessoais, outros por inexperiência ou constrangimento. Que em 2014 o parlamento municipal se aperceba de sua importância e responsabilidade e possa reverter o quadro pessimista que se instalou.
Afora a política, a cidade deu sinais de transformação. Em todas as partes, mostrou-se fortalecida, pronta a enfrentar desafios, superar obstáculos e traçar um percurso de responsabilidade e autonomia. O setor empresarial soube impor sua força de empreendedorismo, reagindo à fase negativa que se configurava e dando uma resposta à altura do senso de desenvolvimento.
Nas iniciativas individuais, os mogimirianos souberam dizer presente às manifestações, abrigando mesmo posições mais radicais e censuráveis, mas aceitáveis como estágio de amadurecimento cívico.
Pôde-se perceber a força do voluntariado de suas instituições, suprindo a ausência e omissão do Estado e garantindo aos menos favorecidos a atenção, o socorro e a assistência indispensáveis. Nos esportes, o florescimento das sementes plantadas em modalidades independentes, levando o nome de Mogi Mirim além das fronteiras.
Para os pessimistas, muitas considerações negativas levariam à conclusão de que foi um ano para se esquecer. Para os demais, um ano de aprendizado e sustentação para um 2014 de muita esperança, que, mais do que nunca, será necessária.