O coordenador de Políticas para a Pessoa Idosa do Fundo Social de Mogi Mirim, Marcos Francisco Lemes, tem uma ligação muito forte com a Alma Mater. Ele serviu a entidade por 10 anos como voluntário, sendo boa parte desse tempo como membro da diretoria ou atuando como conselheiro. Suas ações para arrecadar fundos que ajudaram na perpetuação da instituição, deixaram um legado que é visto até hoje.
Marcos tinha uma loja de vestuário e era sócio- contribuinte da Alma Mater, mas não conhecia o trabalho que ela realizada com as crianças e adolescentes vítimas de maus tratos e violência doméstica. No início dos anos 2000, foi convidado a integrar um grupo que viria a assumir a diretoria da entidade. Se tornou vice-presidente. “Voluntariado é um chamado. Você não escolhe o lugar, você é escolhido”, frisou.
E o chamado foi uma providência na vida da Alma Mater. Afinal, o trabalho lançado por Marcos repercute até hoje. “Fizemos um trabalho muito lindo lá. Posso dizer que fizemos uma revolução naquela casa”, destacou. De imediato, Marcos tinha como propósito tornar a Alma Mater conhecida pelo trabalho que realizava com os menores e melhorar as condições da sede que, segundo ele, estavam bem deploráveis.
Foram vários eventos para arrecadar fundos. O primeiro deles chamava ’12 mulheres e uma boa causa’. Tratava-se de um grupo de 12 mulheres influentes na sociedade mogimiriana, em que cada uma promovia uma ação por mês, totalizando 12 no ano. Foi desse projeto que surgiu a magia das bonecas.
Logo no primeiro evento, que era um jantar junino, peças de roupas foram confeccionadas por costureiras de Mogi Mirim para vestir bonecas da Barbie para serem colocadas como prendas do bingo. O sucesso das bonecas foi tamanho que no ano seguinte, foi montada uma barraca exclusiva para venda das bonecas.
“Eram cerca de 200 a 300 Barbies. Uma ação que envolvia o comércio, as bonecas ficavam expostas antes de serem levadas para o evento. Foi realmente uma febre”, destacou. Também foram lançados outros projetos, como o ‘Doze Modelos’. Era um calendário com modelos fotografados em pontos turísticos da cidade.
“Também tivemos a honra de inaugurar o Espaço Cidadão com a festa de inverno da Alma Matar”, se recorda Marcos dos inúmeros eventos que promoveu, engajando a sociedade e angariando recursos que não só ajudaram nas atividades diárias da entidade, como na construção de sua atual sede.
“Tudo isso que acabou mobilizando a sociedade, a cada ação a gente agregava mais pessoas na causa. Envolvemos escolas, pais, alunos, professores, para dar atenção, carinho e respeito por uma entidade que faz um trabalho lindo e maravilhoso durante 24 horas por dias, 365 dias por ano. Uma entidade que depende do setor público, do privado, de doações para que consiga manter a qualidade de vida dessas crianças e adolescentes”, ressaltou.
Aos falar dos 30 anos da Alma Mater, Marcos não esconde o orgulho de ter participado dessa linda história. “Só tenho gratidão de ter contribuído de alguma maneira com a entidade, de ter ajudado a fazer com que a entidade esteja no patamar que está hoje. Não fiz nada sozinho, é um legado que deixamos e que permanece. Por isso a Alma Mater é uma instituição reconhecida pelo trabalho que realiza”, ressaltou.