Levar tranquilidade ao cidadão e oferecer um sistema de segurança pública eficiente é dever de toda Administração Municipal, seja em qualquer parte do país. Combater os altos índices de roubos, furtos e demais tipos de crime, registrados em grandes capitais, e que se disseminou para o interior, é tarefa que requer acima de tudo, planejamento, organização e muito trabalho, a fim de tentar erradicar um dos principais problemas encontrados na sociedade atual. É comum encontrar cidadãos cada vez mais inseguros, carregando o sentimento de que o perigo está ao lado e pouca coisa é feita para a mudança deste panorama.
Visando melhorar o quesito segurança pública, a Prefeitura de Mogi Mirim anunciou um projeto para a instalação de câmeras de monitoramento em entradas e saídas da cidade, colocadas em locais considerados estratégicos e de grande fluxo de veículos. Um dos objetivos é o de monitorar 24 horas os pontos de fuga em casos de roubo e furto de veículos.
Envolto por um moderno sistema de tecnologia, com câmeras de alta precisão, o projeto ganhou destaque e surgiu como mais uma ferramenta para o auxílio na luta contra a criminalidade. Tudo parecia caminhar bem até o conhecimento de que uma das câmeras, cujo poste e o aparelho instalados no quilômetro 58 da SP-147, próximo ao Distrito Industrial, não possuía projeto e autorização da Intervias, concessionária que atua em 19 municípios do Estado, entre eles Mogi Mirim, para que entrasse em operação.
De um lado, a empresa alega que a área é de trecho administrado pelo Estado, e que para ocupação da faixa de domínio era preciso que a Prefeitura apresentasse um pedido e um projeto respeitando as normas estabelecidas pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagens). O fato de oferecer risco ao usuário por sua proximidade com a rodovia também foi levado em conta. De outro lado, o Executivo alega que a área está localizada em perímetro urbano, portanto, não havia a necessidade de atender os requisitos pedidos pela Intervias.
A situação gerou desgaste entre as partes, com a câmera sendo retirada e um dia depois reinstalada pelo Executivo.
Instalar um poste e uma câmera de monitoramento do dia para a noite, na base do atropelo, sem consultar a concessionária que administra a rodovia, beira o amadorismo. Era procedimento básico apresentar projeto e pedir autorização antes de efetuar o serviço. Independente da posição, a Prefeitura tem sua parcela de culpa e mais uma vez é criticada de forma justa, quando na verdade poderia ter sido elogiada. Parece perseguir o erro. O problema poderia ter sido evitado.