sábado, novembro 23, 2024
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Um término melancólico

O ano acabou de maneira oficial para a Prefeitura no último dia 16. Desde segunda-feira, todos os serviços municipais, exceto os considerados de extrema necessidade, entraram em recesso de final de ano, imposto pelo prefeito Gustavo Stupp (PDT) em agosto, sob a justificativa de economia, algo que se tornou praxe e desculpa para tudo no atual governo desde o ano passado. A atitude atingiu em cheio a Saúde, com a suspensão de qualquer serviço nas Unidades Básicas de Saúde (UBSS). Em caso de necessidade, a população terá um Polo Assistencial, montado às pressas no Centro de Especialidades Médicas (CEM), enterrando o plano anunciado em setembro, de atendimento especial durante o final do ano em três unidades de saúde, que atenderiam paciente das zonas Leste, Norte e Sul.

Com a possibilidade de greve na Santa Casa, a situação fica ainda mais insustentável. Nenhuma surpresa para um governo que se tornou expert em prometer e não cumprir. Em reclamar ao invés de agir. Em lamentar no lugar de trabalhar.

O fato apenas corrobora para um final de gestão melancólico, horrendo, sofrível e inesquecível do ponto de vista da mediocridade. Tudo isso chega aliado a um dos finais de ano mais monótonos da história de Mogi Mirim. Há tempos não se via um clima tão frio e negativo em pleno Natal, época em que a união e fraternidade se sobressaem e o espírito afetivo prevalece entre as pessoas. Não existe decoração. Não existe luz. Não existe esperança. Não existe amor. O sentimento de indignação e revolta parecem ser as principais marcas do mogimiriano. Basta uma rápida volta pela região central ou uma breve navegada pelas redes sociais para se ouvir e ler reclamações e lamentações.

A falta de respeito da Administração Municipal, comandada por Gustavo Stupp, para com a população, é alarmante, triste. O governo se despede escondido, transparecendo de forma clara a incompetência e assumindo sua péssima gestão. Os serviços pararam, as ações cessaram e nem um tchau foi dado.
Stupp sai da Prefeitura sem ao menos conceder uma entrevista coletiva e admitir seus erros, o fracasso de uma Administração que já entra para a história como uma das piores da cidade.

O apagar das luzes se dá por conta da Santa Casa, único hospital público da cidade, mas que devido ao atraso no repasse vindo da Prefeitura e federal, pode ver boa parte de seus funcionários entrarem em greve. Uma lástima. Uma mancha impagável.

Deveres não foram cumpridos, a humildade passou distante, a ética foi jogada na lata do lixo e as costas viradas para o próprio cidadão. Um final de ano inacreditável e deprimente. Mogi Mirim e sua população não mereciam isso. Até o Papai Noel está chorando. A cidade precisará ser reinventada.

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