sexta-feira, outubro 18, 2024
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Uma aventura musical: Adriana Teixeira Simoni se apresenta em festival

Moradora de Mogi Mirim desde 1987, quando chegou de férias até a cidade, mas de Porto Alegre, a cantora e compositora Adriana Teixeira Simoni esteve no último final de semana na cidade de Igrejinha, um município localizado no Estado do Rio Grande do Sul, para participar de um festival musical ocorrido por lá. Adriana se inscreveu no chamado 1° Mate e Canto, um festival de música tradicionalista em que artistas poderiam participar com obras autorais inéditas, ou não autorais, e novos arranjos. A primeira edição do festival foi realizada dentro de um evento maior, chamado MatearTchê. Os interessados em participarem do festival tinham até o dia 13 deste mês para encaminharem seus materiais e Adriana se empolgou em participar, enviando a canção chamada Final da História.
“Fui marcada numa publicação do evento do 1° Mate e Canto por um radialista que sempre divulga esses festivais por lá. Eu compus essa letra aos 16 anos, sem ajuda de nenhum técnico. Essa canção estava guardada na gaveta sem ser tocada a uns 20 anos ou mais. Voltei a tocá-la dia 10, quando fui marcada, pela segunda vez, na publicação do regulamento do festival em Igrejinha”, relatou.
Assim, em dois dias a canção foi finalizada e enviada ao festival. Era preciso enviar a letra e também um áudio, além de preparar seu traje tradicionalista para a apresentação. “Foi enviado ao festival dia 12, num áudio feito na sala da minha casa. Eu, violão e voz. Pedi apenas ajuda para amigas gaúchas para que me devolvessem uma crítica positiva ou negativa da canção por elas conhecerem o estilo. E foi muita crítica boa, me deixaram entusiasmada”.
A canção enviada, chamada Fim da História, se trata de uma milonga, conforme explicou Adriana. Milonga é um ritmo típico do sul do país, assim como chamamé, vanera e bugio, por exemplo. “As canções para festivais assim devem ter, além de ritmos típicos do sul, letras envolvendo o tema campeiro, ambiente do gaúcho, da lida com a vida social e do campo”, explicou.
Mais de 30 inscrições foram feitas e Adriana contou que quando soube do resultado ficou extremamente contente. “Tive uma emoção absurda, chorava e ria, demorei para acreditar. Para me preparar, emocionalmente, fiz questão de reunir colegas do violão, professores do projeto para fazer uma apresentação e contar do acontecido. Depois, aceitei o convite para participar de uma garagem de uma escola de música em Mogi Guaçu. Tudo para me sentir mais a vontade com microfone e o retorno do violão, coisas que não tenho experiência”.
Com o retorno de Adriana, ocorrido na terça-feira, várias ideias vieram junto. Quem sabe, segundo ela, não surjam novas canções. “Já volto com um tema para musicar, que me ocorreu passando pela região que eu vivi na infância, quem sabe sai uma nova música?”, questionou Adriana.

No dia da apresentação

Para participar do evento, Adriana saiu de Mogi Mirim na madrugada da penúltima sexta-feira, afinal a canção seria apresentada no sábado. Depois, já aproveitou, claro, para visitar seus familiares. “A decisão de ir nessa aventura foi por ter uma canção selecionada para um festival nativista, que é algo muito valorizado. Existem músicos profissionais que se preparam o ano todo para inscrever suas canções. E eu me preparei tecnicamente em dois dias, apesar da composição ter 34 anos. É uma realização gigante dentro de uma área que tenho muita insegurança e que, com meu salto nessa aventura desconhecida, ajudou a confiar mais em minhas potencialidades musicais. Volto mais madura, musicalmente falando. Mais segura do que posso me arriscar”.
Adriana participa há 19 meses das aulas no programa de violão do convênio Prefeitura e Lyra Mojimiriana, além de realizar aulas particulares para aprofundar conhecimento teórico e vocal.

Final de História

Composição: Adriana Teixeira Simoni

Meus ouvintes não reparem
Venho arrastando esta milonga
Mas acreditem é o começo
Desta piazita faceira
Sou desta terra há muito tempo
Desde o dia em que gritei
Gritei com força e raça
Pois, gostei do lugar
Do cheiro, fumaça, festejo, canção
Churrasco, braseiro, galpão
Fui crescendo e crescendo
Prenda bonita e cobiçada
Daquelas que num rancho
Peão nenhum trabalhava
Naquela pura inocência
Nos bailes par não me faltava
De cada um com quem dançava
Uma proposta recebia
Até escolher um bem bagual
Aquele… que me fez mulher, deu filhos, família
Um rancho, carinho, amor
Complemento essa milonga
Com final de história
O casal de que falei
Vivem felizes para sempre

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