A insegurança é, sem dúvida, uma das piores sensações que pode sentir uma comunidade e está relacionada a uma série de fatores sociais. Resolver problemas relacionados à violência, vandalismo e criminalidade é sempre um desafio para o Poder Público.Por diversos motivos de âmbito social, de raízes profundas, a violência não pode ser tratada como algo simples de ser resolvido em curto prazo ou com simples estratégias ostensivas. Da mesma forma, se sabe que apenas inibir a violência com base na legislação punitiva não é uma solução com plena eficácia.
A prevenção com base na consciência pessoal e na evolução cultural individual e coletiva carrega em si um caminho mais saudável de soluções a longo prazo. Da mesma forma, a evolução em todas as esferas policiais, em vertentes investigativas, ostensivas e preventivas, é importante, tal qual a eficiência da Justiça.
No entanto, o dia a dia dos cidadãos pode se tornar mais seguro com detalhes com potencial para fazer a diferença. Por menor que seja uma evolução em determinados setores, a soma de esforços e os detalhes somados contribuem para gerar ao menos uma sensação de maior segurança no seio da comunidade ou no mínimo podem amenizar o sentimento de insegurança.
Uma boa notícia nesse sentido se trata da criação do primeiro destacamento da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), que servirá para intensificar a ação da Guarda Municipal. O foco é o patrulhamento preventivo e planejado, além de cuidar da proteção dos espaços públicos, atuando nos locais de maior incidência de criminalidade como assaltos, furtos, uso e tráfico de drogas.
A primeira equipe está sendo formada com oito membros voluntários do quadro efetivo de guardas civis municipais.
Os profissionais passam por treinamentos táticos com orientação de guardas, policiais militares e civis credenciados. A formação é teórica, operacional e inclui técnicas de abordagem, direção ostensiva, imobilização tática e Controle de Distúrbios Civis. As ações contam com viaturas diferenciadas e um número maior de guardas, que terão no mínimo três integrantes. O fardamento também será diferenciado, assim como os equipamentos que proporcionam uma imagem capaz de gerar um respeito maior da sociedade. Chamados de equipamentos de choque, os guardas contam com escudo, caneleira, cotoveleira e capacete, além de armamento letal e não letal adequado às operações. Depois do período de treinamento, a Romu passará a atuar nas ruas diariamente em conjunto com o comando da Guarda.
Evidentemente que não se trata de acreditar que a Romu será a solução para a criminalidade de Mogi Mirim, como uma espécie de varinha mágica. Trata-se, no entanto, de um avanço a ser comemorado como um acréscimo de força incrementada por uma roupagem capaz de oferecer ao menos um respeito mais intimidador e uma sensação de maior segurança, algo com efeito até para o bem-estar da sociedade.