Muitas das competências das Administrações municipais se medem pelos efeitos visíveis da falta de providências e da inépcia para conduzir os serviços públicos de forma a aplicar a receita municipal na manutenção da ordem, da segurança, da higiene e saneamento. O caso do lixo acumulado nas ruas de Mogi Mirim beirou o caos em diversas oportunidades e exige que se faça uma avaliação das condições utilizadas para manter a cidade limpa.
Logo no início da administração de Gustavo Stupp a cidade estava marcada pelo acúmulo de entulho, galhos e folhas, lixo não orgânico empilhado em cada esquina, mostrando a total incapacidade de se fazer um trabalho regular e eficiente de coleta.
Atribuída a mais uma herança da gestão anterior, a sujeira tomava as ruas em todos os quadrantes da cidade, exigindo uma força-tarefa que, em poucos meses, cuidou de limpar a cidade e regularizar o problema. Agora, a cidade vive o mesmo drama e novamente se juntam esforços dos departamentos de serviços da Prefeitura para atender as reclamações constantes.
Está demonstrado que o serviço contratado não tem sido suficiente para dar contar da coleta seletiva por toda a cidade. Faltam veículos, funcionários e mesmo uma escala racional de recolhimento que evite o acúmulo de lixo nas ruas entre uma passagem da equipe e outra. O município se debate com a ineficiência neste caso e os problemas são recorrentes.
O prefeito Gustavo Stupp anunciou no ano passado a criação de uma lei para multar quem jogar lixo no chão. Antes disto, a Prefeitura deveria se ocupar das tarefas mais comezinhas ou de estimular reais projetos ambientais e iniciativas como a coleta de lixo orgânico, feita em caráter experimental no ano passado, que não teve consequência.
É preciso mais que um esforço eventual quando o lixo polui a cidade de forma tão agressiva. A população precisa ser instruída, a coleta deve ser regular, as infrações apontadas, de forma a que não se passe pela vergonha de uma cidade suja e pelo risco à saúde que representa esta sujeira.