Uma poeira de problemas parece ter pairado sobre Mogi Mirim nos últimos tempos. Não é preciso ser o cidadão mais bem informado para ter certeza de que o sinal vermelho, que alerta que é preciso mudar, foi acionado há muito tempo. Os problemas são vários e semanalmente estão estampados nos noticiários, assim como estão espalhados por diversas pastas da Prefeitura. A Secretaria de Cultura e Turismo é uma das pastas que pode estar passando por problemas capazes de frear seu desenvolvimento.
Nos últimos dias, a Cultura sofreu uma perda. Anna Sylvia Tavares Vieira, professora do curso de dança afro do Centro Cultural, pediu demissão após 13 anos de trabalho. O motivo inclui um novo projeto. No entanto, sua saída antecipada, de acordo com ela, se deu também por conta de uma série de problemas na gestão da pasta.
Desde 2013, a pasta já esteve nas mãos de diversos secretários e uma série de comissionados teve seu espaço garantido no local na nova gestão. As alterações com constância, o que também incluiu logo no início do mandato a saída de Alexandre Cintra, ao que parecem não surtiram o resultado esperado.
Atualmente, dá para contar nos dedos a quantidade de eventos realizados mensalmente e nem o diálogo com a imprensa parece ter sido preservado, já que até mesmo episódios culturais, que são poucos, nem sequer são informados com o objetivo de despertar na população a busca pela cultura. Fora isso, também é preciso lembrar que neste ano diversos foram os cortes da pasta: Mogi Mirim não teve Carnaval, a Virada Cultural Paulista ficou no passado e a etapa municipal do Mapa Cultural Paulista nem foi anunciada.
Em relação à professora Anna Sylvia, ela seguirá novos rumos e seu trabalho mostra o quanto a Cultura pode influenciar a vida das pessoas. Quem assumiu a liderança do curso de dança afro em seu lugar foi um dos alunos que ela formou no tempo em que esteve no Centro Cultura, Gláuber Almeida. Ela se foi, mas deixou uma semente capaz de influenciar, como fez, o caminho de diversos jovens.
O papel da Cultura é proporcionar experiências variadas para a população a fim de incentivar que as pessoas façam a diferença na sociedade e mais do que estarem no mundo, “estejam com o mundo”. O que se espera é que a melhora aconteça.
