Cerca de 44% dos habitantes das Américas afirmam que estão acima do peso. No entanto, há uma brecha entre a autoavaliação e as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). É o que mostra a pesquisa Percepção e Realidade – Um estudo sobre a obesidade nas Américas – realizado em nove países do continente, incluindo o Brasil. De acordo com o IMC (Índice de Massa Corporal) dos entrevistados, 26% dos que estão acima do peso dizem não ter sobrepeso, tendência vista em todos os países, mas que se agrava nas populações da América Central e dos países andinos, que são os que menos reconhecem seu excesso de peso.
Os panamenhos lideram o ranking: 52% das pessoas com sobrepeso declaram que não estão acima do peso. Na sequência aparecem Equador e Peru, com 46% cada. Brasil e Estados Unidos aparecem como os mais realistas, com 16% e 22%, respectivamente.
Um fato alarmante é que, segundo o estudo, mais da metade (58%) das pessoas que estão acima do peso não visitaram um médico para falar sobre o assunto e a maioria (73%) não faz qualquer dieta. Como consequência, os entrevistados com sobrepeso declararam ter saúde pior ante os que não têm problemas de excesso de peso. A pesquisa mostra que 45% dos que declaram estar acima do peso ideal não se consideram saudáveis, proporção que cai para 18% entre os que creem estar no peso ideal.
A pesquisa foi realizada entre agosto e setembro de 2014, com 10.786 entrevistados de nove países do continente.
Problemas
A estética é o menor dos problemas quando se trata do sobrepeso, uma vez que graves complicações podem surgir como consequência. Entre os problemas mais frequentes estão o aumento da glicose, o surgimento da diabete, pressão alta, aumento do colesterol e triglicerídeos, aumento dos riscos de doenças cardíacas, pedra na vesícula, artrose de joelho e quadril, ansiedade e até depressão.