Transformar uma ideia em realidade e satisfazer o gosto pessoal ou da coletividade são características de qualquer projeto bem executado, seja ele ligado à Administração Municipal, grupo independente ou iniciativa privada. Os melhores projetos podem ser considerados aqueles que alinhem ações voltadas ao bem da comunidade, gerando ganhos e frutos que tragam resultados e colaborem junto à sociedade, muitas vezes desenvolvidos pelo poder público.
Este mesmo poder público, é na maioria das vezes alvo de cobrança, como se coubesse a ele a responsabilidade pela execução de todos os projetos. Muitos que não dependem deste setor engatinham e encontram dificuldades para serem executados. Mas nesta semana, pelo segundo ano consecutivo, esta realidade fugiu a regra e Mogi Mirim viu a edição do Festival Gastronômico decolar mais uma vez, desta vez, com perspectivas ainda melhores se comparada a primeira edição, em 2013.
A iniciativa privada, conjunto de atividades e organizações constituídas sem a participação do poder público, neste caso, formada pela Associação Comercial e Industrial e Pólo Gastronômico de Mogi Mirim, sustentados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) arregaçou as mangas e responsável pela organização do evento, oferece a população 15 opções entre bares, lanchonetes e restaurantes, com cardápio exclusivo, em faixas de preços de R$ 9,90, R$ 19,90 e R$ 29,90.
Por trás do festival, que deseja aumentar em 20% o movimento dos participantes ao longo dos 11 dias do evento, surge uma ideia ousada, que deseja transformar o município em uma referência regional no quesito gastronomia. Louvável para uma cidade repleta de opções para se comer e beber, onde a gastronomia já se impôs e tornou-se uma das principais opções de lazer dos mogimirianos.
Se de um lado os estabelecimentos participantes merecem méritos, por outro não devem encarar o festival como uma espécie de dever cumprido. Com demanda e boa oferta, devem continuar a realizar ações que contribuam para o aumento e consolidação de suas marcas. A criação de grupos independentes ao pólo e a construção de novas ideias poderiam colaborar para a ampliação deste mercado.
Para aqueles que não concordam com o festival, reclamar não parece a melhor solução. Atuar com suas próprias forças, realizar promoções e trabalhar em conjunto são alternativas para o sucesso, por meio de uma mobilização feita de maneira dinâmica e eficaz. Esses são os ingredientes para uma gastronomia farta e saborosa vista hoje em Mogi.