sábado, setembro 14, 2024
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Uma lei pela segurança

Levar segurança tanto para funcionários como para o público é tarefa obrigatória para qualquer instituição financeira do Brasil. Cercada por altas cifras financeiras e reduto de transações, pagamentos, empréstimos e vários outros tipos de serviços e negociações bancárias, são locais de passagem de centenas de pessoas diariamente e o quesito segurança ganha cada vez mais importância na pauta de prioridades de quem os comanda.

Alvo desde bandidos, aproveitadores, estelionatários até quadrilhas de grande porte, muitas vezes caracterizadas por grupos criminosos marcados pela audácia, planejamento, trabalho em equipe e uma estrutura que conta com um armamento de guerra, necessitam de uma segurança diferenciada, a fim de evitar prejuízos e situações de risco para seus frequentadores. O tema é debatido com rigor em todo o país, e conta com atenção especial devido a uma série de problemas registrados nos últimos anos, como explosões de caixas eletrônicos, assaltos e roubos.

Em Mogi Mirim um primeiro passo parece ter sido dado em relação a isso. Um projeto de lei aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal prevê a instalação de dispositivos de segurança em agências e postos de serviços das instituições financeiras do município. Composto por 18 itens, engloba bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, postos de atendimento, subagências e seções e cooperativas de crédito. O projeto chega respaldado pelo Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, que além de pressionar, cobra uma postura mais firme das prefeituras no que diz respeito à segurança destes postos de trabalho. Estão previstas até multas para quem não atender as exigências, que devem ser vistas em até 120 após a publicação da lei no Diário Oficial da cidade.

Ponto positivo a aprovação do projeto, que na teoria, parece benéfico para todas as partes. Por outro lado, está na hora de todos os responsáveis por essas instituições arregaçarem as mangas e acatarem a decisão. Não se trata de algo que apenas atenda aos anseios desta ou daquela parte envolvida e que resulte em altos investimentos necessários para se atingir todas as exigências, mas sim de garantir a paz, tranquilidade e segurança para quem trabalha e usufrui destes locais. Neste cenário, a Prefeitura possui papel importante: o de fiscalizar e checar se todos estão seguindo o que foi pedido. Em caso contrário deve ter uma postura firme e cobrar o certo.

Está na hora de a população se sentir confortável outra vez para realizar simples ações, parte do cotidiano de qualquer um, como ir até um banco logo no início da manhã ou à noite, quando as ruas estão vazias e o movimento é fraco. É difícil encontrar hoje em dia alguém que se sinta seguro ao entrar em uma agência pouco antes das 22h, ou em um feriado. A sensação de que algo de pior pode acontecer é latente e tem justificativa. Se bandidos agem na luz do dia, com centenas de pessoas em volta, imaginar que algo possa ocorrer em momentos mais atípicos do dia é algo longe de ser considerado uma fantasia. A segurança é direito de todos e deve ser tratada como prioridade.

 

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