sexta-feira, abril 11, 2025
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Uma minoria ignorante

Que Mogi Mirim deixa a desejar no quesito beleza e na capacidade de conquistar não só seu cidadão, mas visitantes no que diz respeito a boas vindas, recepção e atrativos, já não é segredo para ninguém. Com exceção do ramo gastronômico, o município dispõe de pouquíssimas opções de lazer e entretenimento e vê cada vez mais o mogimiriano migrar para outras cidades em busca de relaxamento, curtição e bons passeios.

Um dos locais que poderia servir como ponto turístico, mas que está esquecido, a Praça Rui Barbosa, principal cartão postal do município, renasceu neste final de ano, tendo o Natal como motivo principal. Uma coalizão entre Poder Público, Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm) e comerciantes garantiu uma reforma básica, com direito a vaquinha para a compra de plantas, pedidos em lojas de materiais de construção e a colaboração de todos os envolvidos, cada um a sua maneira, em prol da população.

Mesmo com uma simples manutenção, já pôde-se perceber um panorama totalmente diferente, com a conservação e o cuidado ganhando importância. Junto aos enfeites natalinos, o orgulho e a vontade de passar pela praça voltaram. Passado o clima fraterno do Natal, o desafio é saber como será a Rui Barbosa em 2018. Um novo esquecimento não será perdoado pela população. Prefeitura e Acimm precisam estar atentos.

Por outro lado, mais um capítulo negativo em relação ao patrimônio público. Embora de propriedade particular, no caso da Acimm, a casa do Papai-Noel, montada na área dos coqueiros, antes mesmo de ser inaugurada oficialmente, na noite do último dia 4, foi vandalizada. Resultado: uma fechadura amassada e comprometida. Na madrugada de segunda para terça-feira, foi a vez de uma imagem do bom velhinho ser “mutilada”. Foi preciso a limpeza e a manutenção da peça a fim de se evitar uma troca. De mãos atadas, a Associação Comercial teve que pedir a colaboração da Guarda Civil Municipal (GCM) no que diz respeito à Segurança.

O episódio reflete, mais uma vez, a ignorância de uma minoria, mas incômoda parcela da população. Qual o motivo para destruir a fechadura e entrar em uma casa que possui apenas arranjos de flores, coroas improvisadas, simples enfeites natalinos e nada de alto valor? O porquê danificar uma imagem do Papai-Noel que está ali para levar um pouco de alegria a centenas de crianças, muitas delas tendo aquilo como seu verdadeiro conto de fadas no que diz respeito ao Natal?

A atitude, além de mesquinha, beira a burrice, o mau-caratismo, a sem-vergonhice. Os responsáveis por atitudes como essa parecem não ter méritos e nem condições para se sentirem legítimos mogimirianos. Pelo contrário. Envergonham, causam revolta e fazem refletir se vale a pena investir dinheiro em locais públicos. Quem vandaliza precisa repensar a vida. No mínimo.

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