quinta-feira, novembro 21, 2024
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Uma oportunidade para corrigir rumos

O início da atual Administração de Mogi Mirim foi marcado por muitas promessas, algumas expectativas positivas, uma boa dose de frustração e, agora, uma preocupação acumulada com relação às reais possibilidades de mudanças que estavam embutidas nas promessas de campanha de Gustavo Stupp (PDT). De todas as propostas que foram apresentadas, a mais consistente foi a da tarifa reduzida para o transporte coletivo municipal que, depois de muita pressão, acabou sendo implantada de forma parcial. Mesmo sem atender sequer ao número de usuários pretendidos – 14 mil numa primeira projeção, não passam de 2 mil – o projeto foi dado como realizado ainda no primeiro semestre do ano.

Descontados todos os demais anúncios de reforma no atendimento em Saúde, mudanças na merenda escolar e prestígio do funcionalismo público, que todos sabiam não seriam contemplados senão depois de muito tempo de gestão, outra grande aposta de Stupp no seu início de governo foi com relação ao organograma, anunciado como o instrumento de modernidade administrativa, com a criação de secretarias, novos salários e uma confusa estrutura que se tentou fracassadamente adaptar à realidade mogimiriana.

Depois de muitas críticas de opositores, e impasses criados no corpo do funcionalismo municipal, as alterações foram atropeladamente aprovadas na Câmara Municipal e implantadas tempestivamente, levando à interpelação no Ministério Público. O projeto nasceu viciado, com inconstitucionalidades e, principalmente, um evidente erro de avaliação que jogou por terra toda a pretensão de competência administrativa.

Com a decisão da Justiça de descomissionar gerentes e assessores mais diretos do prefeito, Stupp admitiu o erro em insistir em um módulo comprado pronto e que positivamente não se adequava à realidade local, e mostrou nova disposição, agora de baixar os salários de secretários, criar mais cargos de chefia, enfim, buscar um novo modelo que poderá finalmente contemplar a eficiência que ainda se busca.

Errar é natural, insistir em erros é teimosia, desperdiçar oportunidades é incompetência. O prefeito tem agora uma chance vital para um reinício com mais serenidade, mais experiência e mais técnica. Deve se cercar de pessoas competentes e bem intencionadas para atingir objetivos que a sociedade espera. Seria prudente medir palavras, tomar decisões mais reflexivas, evitar atalhos populistas e eleitoreiros. Se souber dar este passo, Gustavo Stupp é virtual candidato a assumir uma Administração que até agora não deu sinais de ter começado.

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