sexta-feira, setembro 20, 2024
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Uma parada que não pode estagnar

Há anos desativado, o Zoológico Municipal foi reaberto em três de outubro de 2015, ainda na gestão do ex-prefeito Gustavo Stupp. O recinto, localizado na Rua Sete de Setembro, no bairro do Aterrado, recebeu o então prefeito e demais secretários sob um misto de alegria pela abertura de um espaço fechado há tanto tempo e a desconfiança em relação à qual a realidade seria encontrada no espaço. Pouco tempo depois da abertura, o Zoológico se tornou local de visitação para moradores de toda a região.

Se desde o segundo semestre do ano passado o recinto já apresentava sinais de que algo não andava bem, com fechamentos sem aviso prévio, falta de divulgação e de atrativos, desde janeiro, sob a gestão de Carlos Nelson Bueno, passou a atender de maneira pontual, causando estranheza sobre qual o futuro do espaço, que no último dia 15 de abril, abriu as portas pela última vez ao público.  Se os 134 animais, entre aves, répteis, mamíferos e primatas recebem atendimento diário e a manutenção está adequada, o público, principal beneficiado com a reabertura, está privado de adentrar ao local pela falta de uma equipe que leve segurança e cuidados tanto para as espécies como para os visitantes.

Na gestão Stupp o pagamento de horas extras e o alto número de funcionários com funções gratificadas, o que foi cortado pela atual administração, permitia a continuidade dos serviços, embora onerasse ainda mais os já vazios cofres públicos.

A situação se torna ainda mais agravante pela representatividade do Zoológico. Em uma cidade com pouquíssimas opções de lazer como Mogi Mirim, onde, deixando de lado o quesito gastronomia, com diversos botecos, bares, pizzarias e restaurantes, se divertir e poder passar um dia ao lado da família em um espaço público é tarefa complicada, o zoo surge como alternativa viável e gratuita.
Em meio a tantos outros, este é mais um desafio para a Prefeitura. A decisão pelo fechamento merece ser elogiada, já que segurança deve ser levada em conta. Entretanto, isso não pode estagnar a busca por soluções. Pelo contrário.

É obrigação do Poder Público procurar alternativas para a reabertura, seja por meio de parceria com a iniciativa privada ou por uma concessão. O que não pode ser aceito é a acomodação vista no governo de Stupp, que culpava a crise financeira por qualquer problema e se abatia ou fingia se abater diante da crise.

O Zoológico é a única alternativa de lazer para parcela significativa da população. Privá-la do espaço é arranhar ainda mais a imagem de Carlos Nelson Bueno, que se vê em meio a polêmicas com apenas seis meses de governo. O assunto precisa ser tratado com a importância que merece. Ou a cobrança será ainda mais forte daqui para frente.

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