sexta-feira, novembro 22, 2024
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Uma postura nada exemplar

A postura de Samuel Cavalcante (PR) logo vai render um guia de como um vereador não deve agir. Desde o início do ano, foram vários os episódios que colocaram o parlamentar em destaque negativo na imprensa. Volta e meia, o vereador publica informações improcedentes em sua página do Facebook, chegando a ter que excluí-las.

Claramente contrário a Carlos Nelson Bueno (PSDB), Cavalcante é o típico do político que é oposição por oposição, o famoso rebelde sem causa. É contra tudo, mas nem sabe o porquê. Críticas e opiniões contrárias são essenciais para a construção de um cenário democrático, desde que construtivas e inteligentes.

O não pelo não é caminho pouco provável para o sucesso de um mandato. Além de ser uma conduta irresponsável, cria-se um ambiente de conflitos e conturbado, o que deixa de contribuir para o progresso da cidade. Relembrando alguns desses eventos, o vereador foi afoito ao atacar o projeto de reformulação da cesta básica dos servidores, sem antes aguardar esclarecimentos do Poder Executivo, inclusive bateu boca com secretários municipais.

Recentemente, também se mostrou contra o custo para a impressão do Jornal Oficial de Mogi Mirim, defendendo a publicação dos atos administrativos apenas no meio online. No entanto, ele se esqueceu que o valor da impressão foi fechado em R$ 29,7 mil anuais, bem abaixo dos R$ 155 mil que eram gastos no governo de Gustavo Stupp e do qual fez parte. Na sessão da última segunda-feira, aparentava estar transtornado em seu discurso contra a votação do projeto que altera a lei criadora da Imprensa Oficial, como se houvesse uma espécie de “grilo falante”, buzinando um discurso em sua orelha.

No dia seguinte, fez uma publicação nas redes sociais declarando que o benefício da Tarifa Social teria sido definitivamente retirado pela Prefeitura, o que não é verdade. E o mais grave, o parlamentar ainda foi notificado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Mogi Mirim, por conta de uma postagem nas redes sociais em que disse estar trabalhando em parceria com um escritório de advocacia, o que é ilegal, uma vez que é formado em Teologia.

Antes mesmo de tomar posse, em entrevista ao O POPULAR, Cavalcante disse que foi uma disputa apertada conseguir uma cadeira na Câmara. Mesmo assim, ele parece não dar valor aos 497 votos recebidos nas urnas. Na época, sobre as perspectivas para 2017, ele afirmou que seria o momento de “unir forças”, principalmente pela atual situação do município. Infelizmente, o vereador só tem desagregado. Se continuar nesse ritmo, por mais três anos, vai encerrar a trajetória na “sarjeta”. Sempre há tempo para mudar, basta querer.

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