Eu fiquei mais velha na última semana. Não tem como fugir. Um ano a mais para minha história. Comemorei bastante. Fizemos até festinha com unicórnios, para alegria de muitos e saco cheio de outros (descobri que tenho amigos que odeiam unicórnios, a Samantha, por exemplo, tem pavor! Hehe! Meu irmão Rody prefere “morrer” do que vestir a tiarinha do bichinho!). Foram tantas comemorações, encontros repentinos que se tornaram comemorações, que teve gente que já nem sabia qual era a data certa do meu aniversário. Até eu fiquei em dúvida quando ele chegou de verdade, hehehe, mentira. Mas, foi um final de semana mágico, inclusive, com muitas mensagens de felicitações. Eu curti muito, gente! Obrigada por todo o carinho e animação! Mas eu quero aproveitar os dias que comemoramos para falar sobre: comemorar sempre e curtir com intensidade as coisas, as pessoas, os projetos!
Peguei uma caixa de fotos para ver no domingo passado. Vi que desde pequena fazemos festinhas de aniversário na casa da minha avó. Em casa, gostamos muito de comemorar os aniversários. Não sei dizer de onde veio esse gosto, mas sei que em branco nada passa. Então, acredito que esse meu gosto pelas comemorações venha desde então. Tinha fotos em que só tinha um bolinho e um guaraná, mas lá estávamos nós comemorando mais um ano juntos.
Às vezes esperamos grandes coisas, grandes festas, grandes ocasiões para podermos comemorar. Eu acredito que, na verdade, devemos comemorar em todos os momentos. Devemos ser intensos em qualquer ocasião. Não precisamos fazer, por exemplo, um bolo de dois andares, para sermos felizes! Claro, seria muito gostoso se pudéssemos fazer sempre aquilo que desejamos, com as melhores estruturas. Só que nem sempre é possível. Lembro que, na faculdade, eu sempre levava um bolinho, daqueles de saquinho, com cobertura de brigadeiro e velinhas para cantarmos os parabéns. E sempre foi muito legal, com muita bexiga e risadas. O importante era a companhia e o carinho por aqueles e daqueles que estavam ao meu lado. Isso me interessa mais do que qualquer outra coisa, mais do que um bolo de dois andares, por exemplo!
É essa troca intensa que tento manter com as pessoas que me faz feliz. Eu penso que os encontros desses dias foram além de comemorar a data em que nasci, mas situações em que pudemos partilhar de espaços e alegrias. Em que houve união, reciprocidade. Talvez seja isso que faz com que as pessoas sempre estejam ao meu lado. Não quero só pensar em mim, nunca, nunca! Quero que minhas relações com o mundo e ao meu redor sejam intensas e reais, mas também sem deixar de ser sinceras, com propósitos. Sei também que jamais irei agradar a todos sendo assim, mas também nem é minha intenção, mas se posso contagiar algumas pessoas, com alegria e intensidade, já me sinto realizada.
Então, gente, não espere pela melhor estrutura, melhor casa, melhor emprego, para poder ser intenso. Seja de verdade, seja animado, seja agradecido pelas oportunidades. Amanhã, ninguém sabe como será!
Ludmila Fontoura é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a Puc-Campinas, além de Historiadora e pós-graduada em História Social pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu, as Fimi.
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