quinta-feira, novembro 21, 2024
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União de divergentes por um Natal próspero

Dia desses nos deparamos com algumas correntes pela internet distribuindo listas para boicote. Algumas induziam aqueles que recebiam a não consumir mais nada em estabelecimentos comerciais e com prestadores de serviço que teriam se posicionado a favor de Jair Bolsonaro.
Em outra, a listagem era para que os que recebiam deixassem de comprar ou de contratar de empresários que teriam votado em Lula. É óbvio que, aqui, vamos sempre respeitar o direito de todos de se expressar. De se indignar com aqueles que pensam diferente dele.

Mas, exatamente por respeitar a pluralidade de pensamento, a liberdade de todos de se expressar, de apoiar ‘A’, ‘B’ ou ‘C’, é que precisamos falar sobre esse assunto tão delicado. Oras, no ‘Brasil de 2022’, com as tensões lançadas no limite, qualquer vírgula que indique que o autor do texto acha ‘isso’ ou ‘aquilo’ já faz com que certas pessoas criem o chamado ranço. Ou pior. Que o odeiem.

É claro que, após uma eleição, existe o sentimento de vitória de um lado e de derrota do outro. E até o de indiferença de muitos que já são céticos com quem for o escolhido para nos servir como presidente ou em outras funções públicas. O que não podemos é permitir que o ódio nos dominasse tanto ao ponto de sair incentivando boicote a determinadas pessoas por pensarem diferente de nós.

E falamos sobre isso em um momento que costumamos nos posicionar a favor de uma unidade ainda maior do que a que deveria ter durante todo o ano. Afinal, está chegando o Natal. Não é só uma época de reflexão religiosa importante, como também, em um mundo totalmente capitalista como o nosso, fundamental para a economia.

O setor de serviços e o comércio têm no Natal um período especial para ampliação das vendas. Ou seja, é hora de inúmeros estabelecimentos atingirem lucros importantes, gordura para momentos de menos fartura. E, com o advento global da Black Friday, novembro também cresceu em importância, com promoções que vão além da última sexta-feira deste mês e que, muitas vezes, toma o mês todo.

Sabemos o quanto o espírito de concorrência muitas vezes impede uma união maior em prol do coletivo, mas nem por isso podemos deixar de insistir que, quanto mais houver ‘mão dada’ entre os inúmeros setores do comércio e dos prestadores de serviço, maiores serão as chances de crescimento nas vendas e, por consequência, de lucros.

Quanto mais estas áreas ganharem, maiores são as chances de ampliação das vagas de empregos temporários e fixos e, com mais pessoas empregadas, mais dinheiro entra em circulação. O poder de compra aumentado faz girar a roda da economia e o empresário sabe que esse é um mecanismo importantíssimo.

Mais clientes em potencial, com mais dinheiro na mão, mais chances de aumentar as vendas e os lucros. Portanto, não podemos aceitar com naturalidade que haja boicote de ‘A’ ou ‘B’ por meras expressões políticas. Sempre haverá divergência de ideias. Somos humanos, somos diferentes uns dos outros.

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