quinta-feira, setembro 19, 2024
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Uso do cartão bancário está varrendo cheques do mercado em Mogi

Em cartazes que mostram a forma de pagamento, avisos informam que cheques não são mais aceitos
Em cartazes que mostram a forma de pagamento, avisos informam que cheques não são mais aceitos

Meio de pagamento muito comum há diversas décadas, mas que ultimamente entra à beira da extinção no país, os cheques parecem perder cada vez mais espaço no balcão de pagamento de qualquer estabelecimento comercial. A facilidade e maior segurança dos cartões de débito e crédito vêm de encontro à preferência do consumidor, habituado as novas opções de pagamento.

Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que o volume de cheques compensados no Brasil despencou de anos para cá. Em 1995 cerca de R$ 3,3 bilhões de cheques foram compensados, enquanto em 2012 esses números caíram para pouco mais de R$ 900 milhões, o que mostra uma clara queda no uso de cheques pela população.

Em Mogi Mirim é comum encontrar estabelecimentos que não aceitam cheques. Exemplo disso e visto na Megashop, loja especializada em artigos esportivos. No local, no cartaz que mostra que o cliente pode optar por parcelar o pagamento em até 10 vezes sem juros nos cartões de débito e crédito, em diversas bandeiras, um aviso alerta o consumidor que a loja não aceita pagamento em cheque.

“Está escasso, é muito pouco usado, o cartão hoje em dia tomou conta do mercado, a procura está sendo muito baixa (pelo cheque). Com o pagamento no cartão você tem o controle na fatura. A praticidade do cartão é o que está acabando com o cheque”, observou o gerente da Megashop, Ricardo Luiz Biazotto. O estabelecimento não aceita mais o pagamento via cheque desde 2011.

Segundo ele, a opção pelo cheque tem a preferência de pessoas mais velhas, que são orientadas e optar por outras formas de pagamento. Biazotto explica ainda que o dinheiro também é outra forma pouco usada pelos clientes, até pelo fator da segurança. Determinadas lojas de brinquedos e varejo em geral são outros pontos que não aceitam cheque em Mogi.

Atualmente até os bancos não incentivam o uso do cheque, já que a compensação é feita de forma manual e mais cara do que os pagamentos de forma eletrônica.

Pesquisa

De acordo com a Telecheque, empresa especializada em análise de crédito para pagamento com cheques, uma pesquisa nacional sobre liquidação de cheques realizada mensalmente pela empresa apontou que o índice de inadimplência em agosto em relação ao pagamento com cheques foi de 2,56%, abaixo de julho, ainda maior, com 2,97%. O principal motivo da não quitação foram os cheques sem fundos, com 75% do total, seguido pelos sustados, 9,5%, roubados e furtados com 4,3%,fraudados, com 1,2%, e outros, com 10%.

O valor médio da transação desse meio de pagamento no Brasil foi de R$ 769,36, incremento de 15,66% em relação ao mesmo período de 2012. A TeleCheque informa que o uso do cheque é utilizado por uma parcela da população que não tem acesso ao financiamento por causa do baixo limite do cartão de crédito.

Outra pesquisa da TeleCheque relacionada ao perfil do consumidor inadimplente no pagamento com cheques relata que as mulheres ocupam a liderança, ultrapassando os homens pelo terceiro bimestre consecutivo. A quantidade de mulheres inadimplentes totaliza 53,3% dos consumidores que utilizam cheques, ante 46,7% dos homens. O principal motivo seria o descontrole financeiro que contempla 48,7% dos consumidores, seguido daqueles que emprestaram o nome para terceiros ou se tornaram fiadores e avalistas, com 10,5%.

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