Menos de três dias depois de garantir que a superbactéria que apareceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI Adulta) da Santa Casa estava sob controle, três novos casos são divulgados. Pior, na Câmara de Vereadores e com alarde.
A equipe interventora nos serviços SUS da Prefeitura reafirma que a situação continua controlada.
De acordo com os vereadores Tiago Costa (MDB) e Maria Helena Scudeler de Barros (PSB), três pacientes contraíram a superbactéria de nome acinetobacter e tiveram de ser encaminhadas para a UTI do hospital, na sexta-feira (22).
“Nós fomos até o hospital nesta segunda-feira (25) e confirmamos a informação. A situação é agravada por falta de pessoal”, ressaltou Tiago Costa. “Não há funcionários para fazer a limpeza da UTI. Vão acabar deixando paciente morrer por falta de mão de obra. Estamos acompanhando o caso de perto”, acrescentou Maria Helena.
Os dois visitaram a Santa Casa, na manhã desta segunda-feira, acompanhados da interventora Rosa Iamarino e do médico Sérgio Urbini, responsável pela UTI Adulta, segundo os próprios vereadores.
Semana passada, a equipe interventora do hospital reconheceu que está com déficit de funcionários, mas que precisa de autorização judicial para repor o quadro. São necessários 20 profissionais, pelo menos.
Foi informado também que nove pacientes tinham sido infectados pela acinetobacter e confirmado uma morte indireta apenas.
Tiago Costa e Maria Helena oficiaram a Vigilância Sanitária sobre os três casos da última sexta, bem como comunicaram o Departamento Regional de Saúde (DRS) sobre a situação.
Outro Lado
Em nota, a Prefeitura afirma que não houve novos casos de pacientes colonizados/infectados com a bactéria acinetobacter ssp na UTI Adulta ou nos outros setores do hospital.
Esclarece que três pacientes já identificados previamente ainda permanecem em tratamento na instituição, sendo que dois deles estavam em quarto de enfermaria e tiveram que retornar para a UTI na tarde da última sexta, em virtude de piora no quadro clínico, não relacionado ao processo infeccioso.
A nota ressalta também que, no que diz respeito ao “surto” identificado previamente, até o presente momento, a situação permanece sob controle.
