O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (9) que poderá haver vacinação contra a Covid-19 no Brasil ainda neste mês de dezembro, ou no início de janeiro de 2021, se a farmacêutica Pfizer conseguir uma autorização emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas para uma parcela pequena da população. O anúncio refletiu uma mudança de atitude, já que o governo antes havia dito em reunião com governadores que o Brasil começaria a vacinar no fim de fevereiro, conforme o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O governador de São Paulo, João Doria, afirmou anteontem que a Anvisa vai aprovar a Coronavac, vacina chinesa produzida em parceria com o Instituto Butantan, até o dia 15 de janeiro. A vacinação começa 10 dias depois.
Nova fábrica de
vacinas da Fiocruz
Uma nova fábrica de vacinas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será construída, no Rio de Janeiro, o que permitirá grande aumento na produção de insumos para abastecer o país. O investimento total será de R$ 3,4 bilhões e prevê a geração de 5 mil empregos diretos na construção e 1.500 postos de trabalho para a sua operação. O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) será erguido no Distrito Industrial de Santa Cruz, em um terreno de 580 mil metros quadrados. O empreendimento pretende ser o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina e um dos mais modernos do mundo. A Fiocruz poderá aumentar em até quatro vezes a capacidade de produção de vacinas e biofármacos para atender prioritariamente às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Bolsonaro demite
ministro do Turismo
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro no início da tarde desta quarta-feira (9). Álvaro Antônio foi informado da decisão em reunião pouco depois das 14h, no Palácio do Planalto, que não consta na agenda do presidente. Minutos depois da saída de Álvaro Antônio, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado, se reuniu com Bolsonaro e aceitou assumir o cargo de forma definitiva. Esta é a primeira troca no Turismo desde o início do governo Bolsonaro. A demissão ocorreu um dia depois de o ministro do Turismo usar um grupo de WhatsApp que reúne todos os ministros do governo federal para atacar o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do Planalto.
Aliado de Bolsonaro
lança candidatura
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) lançou nesta quarta-feira (9) candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Lira deve disputar o cargo com o candidato que o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir apoiar. Lira é o líder do Centrão na Câmara, composto pelos partidos PL, PP, PSD, Solidariedade e Avante. Juntas, as siglas reúnem 135 deputados e se declararam base aliada de Bolsonaro em maio deste ano. Um julgamento virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou o que diz a Constituição e proibiu a reeleição para as presidências da Câmara e do Senado. Assim, Maia ficou impossibilitado de disputar o pleito, mas ainda não definiu o nome que deve apoiar.