A convenção do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), realizada na noite de terça-feira, no Buffet Santa Cruz, oficializou o nome do ex-prefeito Carlos Nelson Bueno como candidato à Prefeitura de Mogi Mirim. A vice da chapa será a médica Lúcia Maria Ferreira Tenório, do Solidariedade (SD). O nome, já anunciado pelo partido anteriormente, foi confirmado no início da noite de sexta-feira, em reunião no escritório político de Bueno, em Mogi Guaçu.
A sigla informou ainda que terá 23 candidatos a vereador, sendo oito mulheres e 15 homens. A coligação entre o PSDB, PSD, PPS e SD, denominada “Mogi Mirim crescendo de novo”, foi aprovada em votação por 25 membros do diretório e delegados. As siglas foram representadas, respectivamente, pelos presidentes municipais Marcos Antonio Dias dos Santos, o Marquinhos (PSDB), Danilo Zinetti (PSD) e Gerson Rossi (PPS).
“Vai ser a campanha mais difícil que eu já enfrentei”, declarou o ex-prefeito. Segundo o candidato, está será uma eleição atípica. Primeiro, por conta do período eleitoral curto, de apenas 45 dias e,segundo, pelo poder financeiro de grupos opositores. “Campanha que o dinheiro vai ser muito importante”, destacou. Bueno ainda fez uma avaliação das perspectivas de governo. Se vencer nas urnas, ele estima um prazo de até um ano e meio para conseguir reorganizar a Prefeitura. A principal medida, de acordo com o ex-prefeito, será estabelecer prioridades.
O candidato também reforçou que não perderá tempo em responder críticas de adversários, relembrando alguns feitos do seu governo, como a construção do Centro Tecnológico de Operações (CTMM), o Data Center. O Partido Social Democrático (PSD) confirmou 12 nomes de candidatos a vereador, sendo que entre os quais estão o do parlamentar Jorge Setoguchi e do ex-diretor de Cultura e Turismo da cidade, Luis Otávio Frittoli.
Intervenção não vinga e apoio ao PSDB é mantido
O nome de Lúcia Tenório (SD) já havia sido aprovado por unanimidade do partido para compor a chapa de Carlos Nelson Bueno (PSDB) como vice-prefeita. A votação foi feita em convenção da legenda, realizada na tarde de quarta-feira, na Câmara Municipal.
Por força de uma liminar, expedida pela juíza da Vara Eleitoral, Fabiana Garibaldi, o vereador Leonardo Zaniboni retomou o cargo de presidente da comissão provisória do SD, na manhã de quarta-feira, do qual tinha sido destituído há mais de uma semana. Isso porque a executiva estadual do partido apoiava Ricardo Brandão (PMDB) e não aprovava, portanto, a aliança com o PSDB.
Com a presidência resgatada, o SD pôde confirmar o apoio ao ex-prefeito. Foram nove votos contra o apoio ao PMDB e aliados e, consequentemente, favoráveis ao apoio ao PSDB, dez votos concordando com a indicação do nome da vice e dois votos em branco. A vice-presidente do SD, a ex-vereadora Márcia Róttoli, e o vereador Ary Augusto Reis de Macedo não estiveram presentes.
Logo após a reunião partidária, o diretório estadual do SD prometeu reverter o quadro e confirmou que tinha entrado recurso na Justiça Eleitoral de São Paulo, no mesmo dia, para fazer intervenção no partido. Contudo, na tarde de sexta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) manteve a liminar que reconduziu Zaniboni à presidência e não acolheu o pedido da estadual. Segundo a juíza, “além de não ter explicitado o fato ou motivo que em tese justificaria tal medida, também não houve observância do procedimento previsto nos artigos citados”, destaca trecho da decisão.
A defesa do SD municipal acredita que, juridicamente, a possibilidade de mudança é remota, já que a determinação não partiu da Justiça comum. A ata da convenção já foi registrada pela sigla no Cartório Eleitoral, na manhã de quinta-feira. “Estou muito feliz. Foi um teste de paciência”, disse a médica. O ex-prefeito explicou que o nome de Lúcia não foi preferência, mas uma questão de avaliação eleitoral.
De acordo com o candidato, a médica está à frente de Orivaldo Magalhães (PSD) nas pesquisas e com índice de rejeição pequeno.O nome de Magalhães era a outra opção para compor a chapa do PSDB. Como não será candidato a vice-prefeito, o presidente do PSD confirmou que ele também não deverá sair para vereador. A sigla indicou 21 nomes que deverão disputar uma vaga no Legislativo.
