sábado, novembro 23, 2024
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Meia Valmir recorda as cervejas sigilosas, tomadas na rodoviária

Detentor de inúmeros títulos no futebol amador como meia, o ex-profissional Valmir Cassimiro, revelado pelo Comercial-SP, recorda a época de Mogi Mirim, entre o final da década de 80 e início de 90, e conta como eram as aventuras para degustar uma cerveja na época.

Boteco – Você lembra de alguma história engraçada no Mogi?

Valmir – Na época era assim, o Wilson era assim… Você não podia beber cerveja na cidade, nenhum bar te vendia nada aqui. Nenhum bar te vendia uma cerveja na cidade toda. Aí o que o pessoal fazia? Rodoviária, num cantinho, lá no fundinho, o cara (do bar) já sabia lá, deixava tudo armado, a galera ia lá, no fundo, no bar dentro da rodoviária, lá no fundinho, já chegava a galera, entrava lá no fundinho e ele levava cerveja pra lá. Sem a turma ver. Tomava lá, lá no fundo. Totalmente escondido, de fechar a porta e tudo. Iam tipo oito, seis, a galera que gostava. Aí tomava uma lá, ficava um pouquinho, mas nada de exagero.

Boteco – Você morou no Mogi Mirim?

Valmir – Morei no alojamento 3 anos. Era coisa rápida, porque 10h (da noite) tinha que estar lá dentro da concentração.

Boteco – Chegou a ter caso de você chegar atrasado?

Valmir – Já cheguei atrasado, várias vezes. O que acontece? O supervisor morava lá também e trancava 10h. E aí como faz? Tem que bater e o cara te ver e abrir a porta. O cara te via, dava alguma desculpa, não dava bronca, só que…

Boteco – E ele contava pro Wilson?

Valmir – Contava, né? Mas não falava nada de dar bronca.

Boteco – E multa?

Valmir – Às vezes, multava 20%, era complicado.

Boteco – Geralmente era você com alguns jogadores juntos?

Valmir – Eu até que eram poucas vezes, não era direto, às vezes dava uma sede, ia lá, combinava, na rodoviária, só na rodoviária, lá era o ponto, porque a maioria morava no alojamento não tinha como levar no alojamento. Aí era bar da rodoviária. Era muito bom, nossa, tempo bom. Eu fiquei 88, 89 e 90 e metade do ano de 91. Na metade de 91, eu fui emprestado pro Uberaba. Aí fui jogar o Campeonato Mineiro.

Boteco – Você ficou com a sensação de que se ficasse mais ali, iria participar do Carrossel Caipira (de 1992/1993)?

Valmir – Não ficou essa sensação, depois deu certo, efetivou o Vadão, Vadão até então era preparador físico, foi meu preparador físico.

Boteco – Como ele era?

Valmir – Muito gente boa, comédia, só piada. Lembro que nos dois toques ele falava assim pra gente: “Você quer tocar no chão, joga na altura da cintura, que não tem como a pessoa chegar. Joga a bola na altura da cintura que não tem como ela chegar pra lá, então, é gol, se jogar no chão, ela vai e pega”. Ele falava só isso daí. E ele participava, era muito habilidoso.

Boteco – Já dava para ver que ele entendia da parte tática?

Valmir – Já, muito, muito inteligente, dava para perceber alguma coisa pelos toques que ele dava, dava para perceber que ele tinha o dom, aí só faltou oportunidade que ele teve de ser o treinador, efetivar, e aí virou ele, virou Vadão.

Boteco – Lembra de alguma história com o Wilson Barros?

Valmir – Lembro quando ele dava bicho dobrado pro melhor, podia perder o jogo. Eu não ganhei muito, não. O Carlão, zagueiro, cansou de ganhar. Mesmo quando perdia, ele dava bicho pra ele no vestiário. Pro melhor, que se empenhou. Fez muitas vezes isso.

Boteco – Valmir volta para recordar a vida de rei na paradisíaca Ilha de Guariri, no Espírito Santo, no período em que defendeu o São Mateus, no futebol capixaba.

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