Foi uma semana com despedida. Precisei retirar meus materiais escolares do armário que ocupei durante a maior parte do ano na escola que atuei. Não sou uma professora efetiva em escolas, por isso levo uma vida de “nômade” e a cada ano estou em um local diferente. Já houve vezes em que acabei voltando para um mesmo local, mas também momentos em que estive em escolas totalmente diferentes, conhecendo novos alunos, professores, direção e comunidade. Não há como saber o que irá acontecer a cada ano, pelo menos por enquanto. O fato que queria compartilhar é que fiquei um pouco triste ao retirar meus materiais do armário, dizer tchau aos funcionários e pensar que, talvez, não volte para lá neste ano. A despedida sempre é difícil quando há carinho. Mas tem um outro lado, um lado que não havia pensado…
Estava conversando sobre isso nesta semana, quando recebi um conselho: pensar de uma outra maneira. Pensar que, talvez, há outros locais me aguardando, esperando para ter contato com as experiências que posso proporcionar e que serão também necessárias ao meu crescimento. Também que se, por algum motivo, não tiver cumprido a minha missão naquele espaço, eu irei retornar qualquer hora dessas. Então, eu nunca tinha parado para pensar dessa forma, que de determinada maneira me aliviou. Temos nosso tempo em qualquer situação, inclusive, quando as pessoas se despedem da vida, costumamos usar a frase que diz: aquela pessoa cumpriu sua missão. Então, que pensemos assim também durante a vida. Tudo tem seu tempo, e seu ciclo!
Analisar a situação desta maneira me trouxe uma nova perspectiva de pensamento. Sigo aqui no jornal, portanto, cumprindo minha missão até o dia 19, depois fico na expectativa de novas histórias. Ansiosa pelo que vem, pelos planos que entrarão em ação. A vida está em movimento, eu estou com ele, agindo também. Às vezes até as coisas ruins são para nos colocar em contato com novas experiências. Tente perceber o que está por trás de tudo. O que vai além. Para isso, escute mais, leia mais, troque mais experiências com as pessoas. Ser plural, no sentido de buscar compreender mais coisas e mais pontos de vistas, além de o seu, pode ser transformador.
Sobre o que vocês gostariam de conversar neste ano? Gostaria de receber sugestões no e-mail abaixo. Aguardo vocês, gente!
Ludmila Fontoura é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a Puc-Campinas, além de Historiadora e pós-graduada em História Social pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu, as Fimi.
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