sexta-feira, novembro 22, 2024
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Veja a íntegra das respostas do Mogi Mirim a perguntas de jornais

O Mogi Mirim respondeu a uma série de questionamentos feitos pelos jornais O POPULAR e O Impacto. Confira a íntegra das perguntas e respostas:

1. O que levou o Rivaldo a investir no Mogi Mirim EC?

Em 2008, Rivaldo jogava futebol fora do país, mas já pensava em um futuro profissional após deixar os gramados. Então, tornou-se investidor do Mogi Mirim Esporte Clube, por amor ao futebol e muita identificação com o Clube que o projetou, mesmo porque o Mogi enfrentava crise financeira, conforme noticiam as Atas da Diretoria desde 2002.

2. Como e com quem foram as negociações que definiram o ingresso do Rivaldo no Mogi Mirim?

Sabendo da vontade da Família Barros de se desligar do Clube, Rivaldo, que estava jogando fora do país, pediu ao seu advogado na época que fizesse contato e se inteirasse dos valores para a transição.

 3. Que formato de negócios foi idealizado pelo investidor Rivaldo para assumir o Mogi Mirim?

Inicialmente, projeção do Mogi Mirim na elite do futebol brasileiro. Em seguida, fazer com que o Mogi pudesse se sustentar com seus próprios recursos, tornando-se autossuficiente, o que, infelizmente, ainda não ocorreu, especialmente em razão da mudança da legislação que rege o futebol (Lei Pelé).

4. Quando a família Barros deixou o comando do Mogi Mirim, foi firmado um documento no qual o Rivaldo se comprometeu a manter o patrimônio da agremiação. Qual era o objetivo desse documento e por que ele não foi honrado?

Rivaldo não firmou qualquer documento nesse sentido. Apenas se comprometeu a pagar os empréstimos que a Família Barros fez ao Mogi. Tanto que na Ata de transição, que o aclamou presidente do Mogi, não consta qualquer acordo com aquele teor. E nem poderia, já que havia autorização para a venda de bens do Mogi desde o ano de 2002, conforme consta em Ata da época. Mais do que isso, alguns dias antes da transição, precisamente no dia 26 de setembro de 2008, o Conselho Deliberativo cujo Presidente era Hélcio Luiz Adorno autorizou a venda de bens do clube, mais propriamente 3 apartamentos, sob o argumento de necessidade de pagamento de dívidas correntes e empréstimos feitos pela Família Barros.

5. O Wilson Bonetti não tinha procuração legal para assinar o termo de acordo produzido em 2008, quando da transição da direção do Mogi Mirim? Qual a capacidade legal do Bonetti em relação aos negócios do Rivaldo na época?

Wilson Bonetti era advogado de Rivaldo e, como tal, tinha autorização verbal deste para saber dos valores da negociação e realizar os pagamentos. Tanto isto é verdade que nenhuma procuração específica foi apresentada aos ex-dirigentes. Igualmente, nenhuma procuração específica foi anexada ao mencionado acordo ou mesmo à Ata de transição.

6. Por que vários imóveis pertencentes ao Mogi Mirim foram vendidos a terceiros e pelo menos dois deles foram transferidos a Rivaldo, como é o caso dos CT’s?

Muitos imóveis do Clube foram vendidos ou colocados à venda pela antiga Diretoria. Por exemplo, em 1998, o Conselho Deliberativo autorizou a venda do CT de Limeira. Já em 2002, autorizou a venda de 5 apartamentos. Finalmente, em 2008, autorizou a venda de mais 3 apartamentos. Especificamente, o Presidente do Conselho Deliberativo em 2008 era Hélcio Luiz Adorno. E, em todas as oportunidades, foi alegada a necessidade de se reforçar o Caixa do Clube.

Sobre os CTs, o Conselho Deliberativo da época reconheceu a dívida do Clube para com seu atual e único investidor e aprovou a transferência destes imóveis para abatê-la, conforme consta em Ata própria. Avaliou-os previamente, através de Imobiliária de renome da cidade, chegou ao correto valor de mercado dos bens e autorizou a transferência, conforme documentos exibidos aos Jornais.

7. Há comentários de que a área onde se localiza o CT de Mogi Guaçu será destinada a um empreendimento imobiliário e em parceria com empresários e até políticos da cidade, procede?

Não, em absoluto.  Nada há de verdade nessa informação.

8. Qual será a destinação do CT/Mogi Guaçu, o Mogi Mirim poderá utiliza-lo, até quando e em que condições? Na escritura dos CTs, há um trecho que diz que as áreas seguirão cedidas ao Mogi Mirim por três anos. Hoje, proprietário dos CTS, Rivaldo pretende liberar os centros de treinamento para o clube por um período maior que três anos?

A destinação do CT de Mogi Guaçu continua a mesma de antes, qual seja, centro de treinamento do Clube.

O Mogi continua com direito de usá-lo. Há contrato de comodato por 3 anos.

Rivaldo tem a intenção de ceder o CT por mais tempo, o que será discutido no futuro.

9. A passagem dos CTs para o nome de Rivaldo é apenas uma garantia de que ele receberá o dinheiro investido no clube durante a sua gestão? Caso sim, porque não hipotecou os CTs para executá-la, posteriormente, em caso de não cumprimento do pagamento, por parte do Mogi Mirim?

Sim, trata-se de uma garantia de recebimento do dinheiro investido no Clube.

A hipoteca era inviável, já que a dívida para com o investidor era superior aos valores das propriedades envolvidas.

10 – O Mogi Mirim segue sem um parceiro para custear as despesas do clube ao lado do atual presidente? Há possibilidade de algum negócio ser fechado ainda este ano? Quais os gastos mensais que a atual diretoria tem com o futebol? Qual é o atual valor da dívida do Mogi Mirim com Rivaldo?

Não há nenhum parceiro. Alguns contatos estão sendo feitos e conversas em andamento para uma futura parceria, mas nada há de concreto, especialmente para este ano.

Com o corte de despesa promovido recentemente, os gastos mensais e atuais são de R$ 350.000,00, aproximadamente, variando para mais em alguns meses.

O atual valor da dívida é de R$ 8.738.097,22, valor, este, integralmente contabilizado e declarado para fins de Imposto de Renda.

 11 – Rivaldo ainda pretende se reunir com ex-dirigentes e torcedores do Mogi Mirim para discutir o futuro do clube? Quando deve ocorrer o encontro?

Os contatos e encontros com alguns torcedores, especialmente aqueles que comparecem em jogos do Mogi, já estão sendo realizados.

 12 – A contratação de um gerente de futebol está em pauta?

Não. E o Clube segue sem gerente de futebol, sobretudo por razão de contenção de gastos.

13. Qual é o balanço que o Rivaldo faz de sua gestão à frente do Mogi Mirim EC?

Positiva. Além de manter o Clube em competições de alto nível, ganhou títulos inéditos tanto no profissional quanto nas categorias de base. Ademais, revelou atletas e recolocou o Mogi no cenário nacional. E, no cenário regional (Campeonato Paulista), reconquistou o respeito que tinha anteriormente.

 14. Qual expectativa o torcedor mogimiriano pode ter em relação ao futuro do time da cidade?

Por ora, garantia de continuidade das atividades até o final do Campeonato Brasileiro da Série C, sempre com muito empenho para conseguir o acesso à Série B.

 15. Henrique Stort moveu ação trabalhista contra o Mogi Mirim?

Sim. Ele moveu uma ação trabalhista perante a Vara do Trabalho de Mogi Mirim. O número de seu processo é 00875-2009.022.15.00-3, conforme documento exibido aos Jornais.

 16. Espaço aberto para outras considerações.

Rivaldo quer deixar claro que quer a continuidade e o sucesso do Mogi. Projetou-se nele e lhe é muito grato por isto. Dai o seu amor e respeito pelo Clube e também pela torcida, que tantas vezes o aplaudiu. Porém, também deseja o entendimento de que imaginou um negócio e que não pode comprometer tudo aquilo que conseguiu com muito esforço e suor durante toda a sua carreira apenas porque alguns não conseguem – ou não querem – compreender a verdadeira situação.

Seu silêncio inicial se deveu, primeiramente, ao choque com as tantas inverdades faladas. Seguiu em silêncio para poder se inteirar de toda a situação e por acreditar que era a melhor opção. No entanto, como as duras críticas continuaram, viu-se obrigado a mostrar a verdade com documentos. Não quer nem nunca quis ofender quem quer que seja, mas não pode permitir que sua honra continue sendo manchada, mesmo porque sua administração nada mais fez do que continuar a administração anterior, inclusive com os mesmos atos.

Fato é que, hoje, a alegria não é mais a mesma do início. Está desmotivado. Entretanto, o pensamento é esclarecer a verdade e, cumpridos todos os compromissos, deixar a Presidência.

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