terça-feira, maio 6, 2025
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Veja as memórias mogimirianas de Nelson Patelli Filho

Amigos, eu vi! (31ª Parte) – (N°415)

Novamente, vou apertar o botão azul de minha máquina do tempo e acionar os neurônios das recordações para retornar aos 1940, 1950 e 1960 do século passado em Mogi Mirim.

Amigos, vivenciei uma época entre os anos quarenta e cinquenta, em que a moda masculina requeria o uso de ternos, gravatas e chapéu! Esses trajes eram indispensáveis em bailes, casamentos, batizados, aniversários e outros acontecimentos sociais. Eu possuía dois ternos: um de casimira inglesa, em tom escuro, e outro branco, de linho irlandês. O de casimira para o frio e o de linho para o calor. Os sapatos eram necessariamente de couro e sempre lustrados no Durvalino, engraxate, ou com os meninos e suas caixas de sapateiro carregadas nas costas. Parece que ainda estou ouvindo os sons do vai-e-vem dos panos movimentados em ritmo de samba e algumas vezes dos engraxatizinhos cantarolando sucessos musicais da época. Ao término desse ritual, os meninos batiam nas caixas avisando que os sapatos já estavam lustrados e pedindo o pagamento pelo serviço prestado.

Um de meus primeiros dentistas foi José Antônio Fagundes (Juca Fagundes), pai de meu amigo Manoel Fagundes. Seu consultório ficava no Jardim Velho e era bastante frequente. Ali, tratei de minhas primeiras cáries e extrai alguns dentes deleite. Juca foi vereador e vice-prefeito de Mogi Mirim. Também foi meio-campista do Mogi Mirim Esporte Clube no período de 1924 a 1928.

Na Rua Chico Venâncio, existiu o Bazar Ferrão, propriedade de Levy Braga Ferrão. Seu estoque de mercadorias era variadíssimo, mas a especialidade estava no ramo de caça e pesca, armas e munições. Ali, o mogimiriano encontrava quase tudo!

Nos meus bons tempos de bancário (17 anos), convivi com excelentes colegas e os quais constituíam minha segunda família! Éramos muito unidos e tudo sendo motivo para reuniões festivas, como por exemplo, a primeira sexta-feira depois do pagamento mensal e quando participávamos de suculenta peixada nos restaurantes da Cachoeira de Cima, regada a vinhos portugueses e italianos das mais famosas marcas e muita cerveja. Já que estávamos com os bolsos cheios de nossos salários, não havia economia e consumíamos tudo que existia de melhor! Eram ocasiões alegres, recheadas de boas piadas e causos, envolvendo um ambiente fraterno e inesquecível.

Há cinquenta anos não existiam supermercados e shoppings. A época era dos armazéns de secos e molhados, com vendas de cereais a granel e ensacados, em barricas e caixotes de madeira. Vendia-se muito fiado e contabilizados em  cadernetas, onde constava o nome do freguês, a data e o valor da compra, simplesmente, não se exigindo prazo!!! Nessa época de absoluta e maravilhosa confiança, eram muitos armazéns de Mogi Mirim, como por exemplo, aquele de propriedade de Natale Juliano, localizado à Rua Marciliano, além dos armazéns do Tico Balzanello, do Victório Zorzetto, do Belmiro Finazzi, do Cassiani, do Bonatti e outros.

Túnel do Tempo

Em 10 de março de 1954, foi inaugurado o Conservatório Musical de Mogi Mirim, situado à Rua Padre Roque e sob direção de sua proprietária dona Todó. Muitos jovens mogimirianos ali obtiveram seus primeiros ensinamentos musicais, rumo a uma carreira promissora.

Preceitos Bíblicos: “Qual é o homem que pode conhecer os desígnios de Deus? Na verdade, os pensamentos dos mortais são tímidos e nossa reflexões incertas. Mal podemos conhecer o que há na terra. Com muito custo compreendemos o que está ao alcance de nossas mãos. Quem, portanto, investigará o que há nos céus? (Livro da Sabedoria 9,13-14-16)

Legenda Foto (415)

Num ambiente festivo e saboreando suculenta peixada, em 1963 reuniram-se os funcionários do INCO, Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina. A partir da esquerda e na primeira fila, Solon da Costa Dias, Osvaldo Diogo, Sebastião Niéri, Nelson Patelli Filho e Joaquim Pinto Filho. Na segunda fila, Carlos Mello, Agenor Furigo, João Fernandes, Nivaldo Finazzi e Silvio Fernandes.

Depois de rodadas de vinho e cerveja como aperitivos, o grupo estava à espera das peixadas que estavam sendo preparadas.O fotógrafo foi  José Luiz Pedroni.

 

 

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