segunda-feira, abril 14, 2025
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Veja cuidados com o carro em estrada de terra

No feriado da Páscoa muitos motoristas vão encarar estradas de terra e vicinais sem asfalto — são 162,5 mil km entre estradas e acessos em terra no Estado de São Paulo, segundo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) — enfrentando buracos e muita, muita poeira provocada pela estiagem prolongada.

Para evitar a “nuvem” de poeira levantada pelo carro da frente, a maioria dos ocupantes fecha os vidros do veículo na tentativa de evitar a entrada de partículas, entretanto, o sistema de ar suga o ar externo e lança dentro da cabine do veículo passando as impurezas pelo filtro da cabine. “Se o carro passa muitas vezes em ruas de terra, um ambiente concentrado de contaminantes, é indicada a troca do filtro em um intervalo mais curto”, diz Raul Cavalaro, gerente de vendas e reposição da Mann Filter, fabricante de filtros automotivos localizada em Indaiatuba.

A saturação provocada pela retenção de partículas interfere no funcionamento do filtro e, além dos odores e da proliferação de fungos, outra maneira de identificar a necessidade urgente de troca do filtro de cabine é notar a diminuição do fluxo de ar durante a ventilação do sistema e a dificuldade de desembaçar os vidros do para-brisa. A convivência com as ruas de terra também exige mais do filtro de ar do motor, que acaba sugando partículas externas, e, indiretamente, afeta o filtro do óleo.

Apesar de a grande procura por troca de filtro de cabine ocorrer nos meses de chuva, que coincide com o período de férias e viagens da família, na Niponic Ar-Condicionado o sócio-proprietário Gustavo Hieda conta que quem trafega em estradas de terra acaba percebendo a diminuição da ventilação na cabine provocada por saturação do filtro de ar localizado dentro da caixa do ar-condicionado.

A troca custa R$ 50 e é realizada em 20 minutos. “Geralmente quem traz o carro é porque não quer desmontar o painel para acessar o filtro”, afirma. Astra, EcoSport, Fiesta e a linha Honda Civic estão entre os modelos cujos proprietários recorrem à troca de filtro na oficina. “O filtro do carro que passa por ruas de terra fica avermelhado. A cor é diferente das impurezas encontradas nas vias asfaltadas”, explica Hieda.

Pneu certo faz a diferença

A escolha do pneu ideal pra quem trafega diariamente parte do percurso em ruas de terra e vicinais sem asfalto aumenta a vida útil do acessório e traz melhores condições de dirigibilidade. Vinícius Sá, gerente de produtos para pneus automotivos Goodyear Brasil, recomenda o pneu misto — que atende 50% da necessidade para asfalto e 50% para ruas de terra — como a melhor opção para condutores que trafegam nessas condições. “Não é um produto mais caro que um pneu convencional”, diz Sá.

Independentemente do tipo de vias de uso do pneu a calibragem não muda e deve seguir a recomendação do fabricante do veículo. Outro cuidado que merece atenção é o alinhamento do carro já que as vias acidentadas e sem asfalto exigem mais da suspensão e desencadeiam a necessidade de revisão do alinhamento. Outra dica é realizar o primeiro rodízio dos pneus dos 5 mil km, que deve ser do mesmo lado, e o segundo após 10 mil km, no sentido em “x”.

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