Utilizado como um coringa no governo municipal, o vice-prefeito Gerson Rossi anuncia: não vai mais ser ‘tapa-buracos’ de secretários. Isto porque ele acumula rápidas passagens pela Gerência de Juventude, Esportes e Lazer, secretarias de Segurança Pública e Defesa Social, de Educação e Chefia de Gabinete, nas quais permaneceu como interino, principalmente quando os ex-secretários deixavam seus postos.
“Assumo a Saúde pra valer. Venho pra ficar até o final do nosso mandato”, disse na tarde de ontem, excluindo a possibilidade da volta de Ary Macedo, afastado após denúncias de que sua empresa prestava serviços ao município através do Consórcio Intermunicipal de Saúde Oito de Abril.
O convite para assumir o cargo aconteceu no início desta semana e na quinta-feira, Gerson já ocupou o posto. Considerando o maior desafio desde que foi presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) na gestão de Carlos Nelson Bueno, o novo secretário quer deixar sua marca na área da Saúde e desenvolver um bom trabalho.
“Temos vários pontos críticos. Um deles é a falta de profissionais, principalmente de psiquiatras, neurologistas e urologistas, que há muita demanda”, disse, ao comentar o que já estudou sobre a secretaria.
Para resolver o problema, a solução será contratar serviços de outras entidades ou empresas, como por exemplo, a Santa Casa de Misericórdia ou até mesmo o Hospital 22 de Outubro. “Quero evitar o consórcio, achar uma outra opção. Até porque o orçamento do próximo ano prevê um repasse menor para o consórcio”, revelou.
A ideia de centralizar alguns serviços, com a criação de centros especializados para mulheres e crianças, por exemplo, deve ser mesmo a solução para otimizar profissionais que possam estar ociosos em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Diálogo
Nessa nova fase, Gerson promete diálogo com a Santa Casa, com vereadores que apontam problemas na Saúde e também com o Conselho de Saúde, que semanas atrás expôs publicamente sua insatisfação com a Prefeitura, ao afirmar que o grupo só era procurado para aprovar documentos com urgência.
“Já a partir do próximo ano quero participar das reuniões do conselho. Vamos superar as diferenças com diálogo e justificativas, mostrando os resultados e os projetos”, concluiu, comentando sobre as divergentes opiniões quanto à centralização de saúde.