sexta-feira, setembro 20, 2024
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Vereador defende Amador com a Prefeitura; CNB rejeita a ideia

Em audiência pública para debater o futebol amador de Mogi Mirim, promovida no Plenário da Câmara Municipal, no dia 13, o vereador Tiago Costa (MDB), idealizador do encontro, defendeu que a Prefeitura assuma a organização do Campeonato Amador em 2020. As três divisões da competição são organizadas pela Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim (Lifamm), que recebe repasses da Prefeitura para custeio das taxas de arbitragem. A verba para 2019 já está prevista. Assim, Costa defende a ideia para os próximos anos. Questionado por O POPULAR, no dia 20, o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) descartou a ideia. “Prefeitura não pode ficar tutelando arbitragem, data, tipo de campeonato. As pessoas têm que participar para crescer. A secretaria não tem obrigação de fazer, tem a atribuição de estimular e dar ajuda, não de fazer”, afirmou, defendendo a continuidade do modelo atual. “O mundo moderno exige participação. Quanto mais descentralizarmos, melhor”, defendeu.

Atualmente, a Prefeitura promove a Copa Rural em função de a Lifamm ter se recusado a organizar o certame. Já as três divisões do Amador são promovidas pela Liga. Porém, embora o prefeito seja contrário à ideia, o secretário de Esportes, Juventude e Lazer, Osvaldo Dovigo, não descarta a Prefeitura assumir o Amador caso ocorra algum problema que faça a Liga não organizá-lo.

Audiência pública liderada pelo vereador Tiago Costa debateu o futebol amador de Mogi Mirim, no Plenário da Câmara. (Foto: Diego Ortiz)

Entre os motivos da defesa de Costa para a Prefeitura assumir o Amador é ter um controle maior dos recursos financeiros. Hoje, além do repasse da Prefeitura, de aproximadamente R$ 71 mil anuais, a Liga recebe taxas de inscrição dos clubes. Na audiência, o técnico do Vila Chaib, Ivan Kotsura, diretor de marketing da Lifamm, que tem divergências com o comando da entidade, reclamou da falta de explicações sobre as destinações da verba dos clubes. Kotsura apontou que na soma dos valores dos campeonatos de 2018, a Liga recebeu cerca de R$ 34 mil dos clubes, mas não houve explicações sobre as destinações dadas pela presidente da Lifamm, Sueli Mantellato.

Dovigo frisou ser fácil apurar se há irregularidade, bastando somar o que a Liga recebe e subtrair as despesas. Porém, houve reclamação de dificuldades para conseguir a prestação de contas. “Ela não dá o balancete”, reclamou o dirigente e técnico da Vila Dias, Galileu Araújo.

Costa disse que poderia pedir a prestação de contas pela Câmara do que for dinheiro repassado pela Prefeitura. Já a verba referente aos clubes dependeria da boa vontade da Liga em informar à Câmara.

O vereador também defende a competição com a Prefeitura como forma de resgatar a força do futebol amador de Mogi Mirim pelo entendimento de que competições de outras cidades têm atraído mais a atenção.

O vereador pediu a Dovigo que interceda com Sueli como mediador na busca de um diálogo maior entre Liga e clubes em 2019. A preocupação está ligada ao descontentamento de dirigentes com as decisões da Liga.

Na audiência pública, aproximadamente 15 pessoas estiveram presentes, incluindo esportistas ligados a clubes, os vereadores Moacir Genuário (MDB) e Luís Roberto Tavares, o Robertinho (Patri), Dovigo e o ex-gerente de futebol do Mogi Mirim, Henrique Stort. Sueli Mantellato não compareceu.

Sueli garante ter diálogo e prestar contas da Lifamm

Questionada por O POPULAR sobre as reclamações de que falta diálogo entre os clubes e a Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim (Lifamm) e de que a destinação das taxas dos times não seria detalhada, a presidente da entidade, Sueli Mantellato, rebateu as queixas. Segundo Sueli, o diálogo existe, mas com os dirigentes que assinam como responsáveis pelos clubes e não com torcedores, simpatizantes ou jogadores, pois do contrário, a entidade viraria uma bagunça. “Não falta diálogo nenhum. Estamos para ouvir, sim”, garantiu, defendendo que torcedores façam seus pedidos aos dirigentes dos clubes.

Presidente da Liga de Futebol Amador de Mogi Mirim, Sueli Mantellato diz que o diálogo existe, mas não com os torcedores. (Foto: Arquivo)

Em relação às taxas pagas pelos clubes, Sueli frisou que os balanços dos gastos da entidade com esses recursos são afixados mensalmente na parede da Liga e estão disponíveis para análise dos dirigentes. Já as verbas do Poder Público são justificadas em balancetes apresentados à Prefeitura, com prestação de contas exibida inclusive, ao Conselho Municipal de Esportes. Sueli ainda questionou o valor de cerca de R$ 34 mil como o total de verbas oriundas de clubes em 2018, apontado pelo diretor de marketing, Ivan Kotsura. Segundo Sueli, não podem ser considerados nesta conta, como fez Ivan, os valores das Copas Sub-23 e Society, porque esses seguem diretamente para pagamento de taxas de arbitragem, sendo competições não abrangidas pelo convênio com a Prefeitura. Sueli estima um valor de aproximadamente R$ 22 mil recebido dos clubes. A dirigente aponta que, com as inúmeras despesas, acaba restando apenas de R$ 2 mil a R$ 3 mil para manutenção. “É mixaria. E os gastos? É fácil só somar”, alfinetou.

Sueli disse não ter comparecido à audiência por não ser obrigatório, não querer e não haver nada de errado com a Liga.

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