A antiga sede da Câmara Municipal à Rua José Alves, no Centro, local onde está o plenário e que ainda recebe as sessões dos vereadores às segundas-feiras deverá ser reformado. A informação foi divulgada pelo vereador e presidente do Poder Legislativo Jorge Setoguchi (PSD) na noite de anteontem. Uma reunião no último dia 7 de março entre as comissões de reforma do antigo prédio e do contrato de locação da atual sede, elaboradas na primeira sessão ordinária do ano, em 6 de fevereiro, sacramentou a decisão. O objetivo é iniciar os trabalhos de reforma e prosseguir, em paralelo, com as negociações para a saída da atual casa do Legislativo, o popular Palácio de Cristal, ao lado de uma das entradas laterais da Matriz de São José, de investimento milionário e motivo de debate ferrenho em âmbito municipal desde 2015.
“Vamos fazer a reforma do prédio e enquanto isso ver a possibilidade de sair (do Palácio). Está todo mundo decidido a fazer a reforma o mais rápido possível”, informou Jorge Setoguchi ao O POPULAR.
O vereador revelou que, através de ofício, já solicitou à Prefeitura a cessão de um engenheiro civil e um arquiteto para vistoriar a antiga sede e elaborar o projeto de reforma. Embora não exista confirmação oficial, verbalmente já há a confirmação de que os profissionais serão cedidos ao Legislativo.

Não foi estipulado um prazo para que a reforma seja iniciada, já que após a conclusão do projeto, será necessária abertura de uma licitação para escolha da empresa responsável pelo trabalho. O antigo prédio da Câmara sofre com problemas em partes do telhado, carece de manutenção na rede elétrica e precisa de melhorias nas calhas.
Valores
Durante o primeiro biênio da legislatura passada, ainda sob a presidência do ex-vereador Benedito José do Couto, o Dito da Farmácia (PV), um projeto de reforma do antigo prédio da Câmara foi elaborado, à época, com custo aproximado de R$ 400 mil. Agora, esse valor deverá sofrer um acréscimo devido às condições do mercado e ao reajuste no preço de materiais e mão de obra.
Com multa pela quebra de contrato por volta dos R$ 540 mil, a Câmara busca uma negociação com o proprietário do Palácio de Cristal para colocar fim ao impasse. Não está descartado revolver o caso na Justiça.