sábado, setembro 14, 2024
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Vestiário e campo motivam indignação em Jaboticabal

As dimensões do gramado e do vestiário do Estádio Municipal José Antônio Fonseca, em Jaboticabal, em jogo em que o time da casa venceu por 2 a 0, no dia 22, revoltaram o Mogi Mirim. “Todo mundo está achando que porque o Mogi vem de uma situação assim que o Mogi é pequeno e não é pequeno, tem que ser tratado com respeito, a gente trata todo mundo com respeito aqui”, apontou o gestor Jaime Conceição, da J Winners, uma das empresas parceiras na gestão do Mogi.

Em ofício enviado à organização da São Paulo Cup, Jaime manifestou indignação com cinco quesitos. Um é que não cabiam todos os jogadores no vestiário, o que prejudicou a orientação dos atletas pela comissão técnica. O técnico Maizena definiu o vestiário como do tamanho de um cubículo.

O segundo ponto foi o de que o campo não atende os requisitos básicos exigidos em dimensões e qualidade de segurança aos atletas. O terceiro foi do uso de seguranças munidos de armas de choque e cassetetes. O quarto foi falta de atendimento médico adequado. O quinto foi relacionado ao trio de arbitragem. “Era claramente local, jogadores e árbitros demonstravam intimidade em gestos e palavras. Reconhecemos, entretanto, que isso não alterou o resultado, reconhecemos a derrota”, diz o texto.

Jaime aponta esperar providências para as situações não se repetirem com qualquer equipe da competição.

Sócio-proprietário da Global Scouting Football, promotora da competição, Samuel Este revelou ter pedido um posicionamento do Jaboticabal e ter dado um prazo para providências sobre mudanças solicitadas.

Jogadores do Mogi Mirim receberam instruções do lado de fora do vestiário. (Foto: Reprodução)

Por outro lado, disse que o campo tem as medidas mínimas oficiais e que o Jaboticabal comprovou ter prestado apoio logístico durante a semana. Em relação à reclamação sobre atendimento médico, recebeu uma foto do Jaboticabal mostrando a presença de ambulância no campo. “A gente está organizando para que fique algo padronizado dentro da realidade dos clubes do porte que estamos trabalhando”, disse, sem explicar detalhes.

Presidente do Jaboticabal, Nelsinho Gimenez, aguardava receber as reclamações via ofício para responder da mesma maneira. Ao O POPULAR, explicou que, desde o convite para participar, informou à organização sobre as condições estruturais e questionou se haveria problema de o time mandar os jogos no campo e a organização disse que as condições eram boas. “Na ocasião, argumentamos que, se fosse necessário, poderíamos mandar os jogos em outra cidade, pois como perdemos nosso estádio em um leilão judicial e nosso novo espaço está passando por reformas, os organizadores recomendaram que mandássemos nesse local mesmo até pela questão de estarmos alavancando o clube novamente e ter o contato com nossa torcida”, explicou.

Mogi Mirim reclamou das dimensões do campo do Estádio José Antonio Fonseca, em Jaboticabal. (Foto: Made in 360)

O presidente disse que as dimensões do campo atendem às medidas mínimas e que o time manda jogos de base no local e o vestiário abriga quase 35 atletas. Por outro lado, disse que poderá corrigir falhas para receber os adversários.

Jaboticabal alfineta Mogi Mirim e fala em soberba

Questionado sobre as reclamações de vestiário e ao campo do Estádio José Antonio Fonseca, o presidente do Jaboticabal, Nelsinho Gimenez, criticou a logística mogimiriana e acusou soberba do Mogi Mirim: “Se for parecido com a logística, acredito que o espaço deles deva ser pior que o nosso”.

Nelsinho disse que na semana, o Mogi buscou ajuda para locação de hotel e foram apresentados locais e preços. Porém, na véspera, o Mogi informou que não viria mais com antecedência e fez pedido referente a uma padaria para tomarem café na chegada. “Nossa equipe se mobilizou novamente e deixou tudo no jeito e, cadê ‘os feras’? Chegaram em cima da hora em um ônibus fubeca, correria, sem uniformização de identificação, pude acompanhar alguns atletas com uniforme de jogo todo rasgado”, disparou.

Nelsinho disse ter faltado água nos chuveiros do espaço do Mogi e pedido aos seus jogadores para saírem do vestiário e darem espaço aos atletas do Sapo. “Ainda forneci gelo para colocarem no suco deles que estava mais quente que pão na chapa”, cutucou. “Nossas estruturas não são das mais modernas, mas pelo que vi do time que veio, está acima da média. A soberba que esse grupo chegou foi fora de série e pelo que me parece, precisam voltar à realidade e entender que estamos todos no mesmo barco”, disparou.

Questionado sobre as declarações, Jaime Conceição, da J Winners, disse que a logística ficou a cargo da AD Sports e que se sua empresa tivesse organizado a viagem, a estrutura seria ímpar. “Referente à soberba, acho que estão falando de outra equipe, os atletas do Mogi são de um grupo que alimenta a humildade. Referente a uniforme, o que o Mogi utiliza em jogos são novos, emprestados por minha empresa”, colocou. “Afirmo e reafirmo que se a J Winners estivesse à frente da logística, o Mogi não entraria em campo, pois o estádio não atende os critérios exigidos”, concluiu.

Questionado por O POPULAR, o empresário da AD Sports, André Ko, colocou que o Mogi não chegou atrasado, mas sim, uma hora antes do jogo. Sobre a logística ser diferente se a J Winners estivesse no local, disse que o ônibus foi providenciado pela empresa de Jaime. “A AD Sports e a J Winners, queira ou não, a gente está no mesmo barco. Isso não tem nada a ver, não procede quem está errado ou certo”, afirmou, antes de criticar a postura do dirigente do Jaboticabal. “É muita cara de pau falar essas coisas, o presidente do Jabotibacal é um cara sem noção”, atacou.

Em contato posterior com O POPULAR, Jaime esclareceu que o ônibus foi o mesmo dos jogos-treinos de quando comandava a logística, escolhido por custo-benefício, e salientou que o diferencial é que teria hospedado o time em Jaboticabal, chegando um dia antes.

Por outro lado, admitiu entender que é ele quem estava por dentro do regulamento pois estava à frente desta área e, agora, irá passar os detalhes para André em reunião.

Jaime enalteceu a postura do gestor Marcelo Galático por viajar com o time. E, por outro lado, disse entender a decisão de Galático de colocar o time em campo até por demonstrar que o Mogi não tem a soberba acusada. “A equipe entrando em campo mostrou que não é soberba e o Marcelo estava lá. Eu Jaime, tenho minha opinião, estando distante”, afirmou, explicando ser contrário a ter jogado devido ao regulamento.

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