A guerra pelo poder no Mogi Mirim tem um novo capítulo. Considerando que o Conselho Deliberativo afastou novamente Luiz Oliveira da presidência, o investidor português Victor Simões, entendendo ser o presidente em exercício, convocou assembleia geral com eleições para segunda-feira, às 8h30. Um edital de convocação assinado por Victor está publicado em O POPULAR, nesta quarta-feira. Na mesma edição, Oliveira, se considerando presidente, publicou um edital de desconvocação de assembléia. O conflito de entendimento jurídico sobre quem está no poder torna a realidade do clube confusa.
O entendimento do Conselho para afastar Luiz novamente, mesmo depois de o primeiro afastamento ter sido anulado pela Justiça no dia 18 de dezembro, é o de que desta vez o dirigente foi acionado para apresentar defesa. Segundo uma fonte informou a O POPULAR, o Conselho acionou Luiz por e-mail e correspondência, mas não obteve resposta. No edital, a assembleia é convocada para, além da eleição, discutir a decisão do Conselho de manter o afastamento. Mas curiosamente a decisão é informada constar em ata de sessão do Conselho datada no dia 30, esta quarta-feira. Outro ponto da assembleia será discutir o edital das eleições questionadas por Victor em que Luiz foi reeleito.
Por intermédio da assessoria de comunicação, Oliveira informou desconhecer o afastamento e disse estar reeleito para o biênio 2016/2017. Oliveira afirmou que uma nova eleição seria contra o estatuto, que prevê o pleito para até 30 de novembro. O grupo de Oliveira considera inválido o novo edital pois não considera Victor como presidente e pelo fato do Mogi estar em recesso no corpo administrativo e operacional, decretado por Luiz de 23 de dezembro a 3 de janeiro.
Na eleição de novembro, a chapa de Victor não foi aceita sob o argumento de não ter sido registrada no prazo, o que é contestado pelo grupo do português. De cerca de 90 associados em condições de voto, segundo os dados do grupo de Luiz, participaram 49. O grupo de Victor aponta existir apenas 68 associados, pois considera inválida a filiação de aproximadamente 20 novos nomes ligados a Luiz como estratégia para vencer as eleições. A ala do português questiona o fato de novos associados serem de outra cidade, sem vínculo com Mogi. Agora, o grupo do português não pretende aceitar os associados de Luiz.