Vila Chaib e Tucurense ficaram no 0 a 0 no jogo de ida da final da Primeira Divisão, no dia 21, no Estádio Ismael Polettini, na Santa Cruz. O jogo de volta será no dia 4 de novembro, às 16h, no Estádio Distrital Ângelo Rottoli, o Tucurão. Pela vantagem de dois resultados iguais gerada pela melhor campanha, a Tucurense fica com o título bastando um empate. O Vila será campeão se vencer por qualquer placar.
A primeira etapa do jogo de ida começou com os dois times em busca do gol, mas de forma cautelosa, sem se abrirem muito para não deixar espaços. A marcação prevaleceu sobre a criatividade e faltava ousadia aos finalistas.
Em raros momentos, as equipes conseguiam criar especialmente graças à visão de jogo dos meias Iago, da Tucurense, e Nê, do Vila Chaib, que acertavam passes precisos para os companheiros ficarem em situação privilegiada.
Com o atacante Waguinho pela direita e o centroavante Vida Loka entre o centro e a esquerda, o lado esquerdo do ataque do Vila, que havia sido um ponto forte contra o Santa Cruz com investidas de Nê, Carneiro e eventualmente Rodolfo, foi pouco explorado contra a Tucurense. Por outro lado, o setor ofensivo da Tucurense ficou muito pendente para a esquerda, com Humbertinho, Gabriel e Iago caindo por aquele setor, assim como Will, enquanto a direita era pouco explorada.
Em uma das poucas jogadas lúcidas pela esquerda, aos 11 minutos, o lateral Carneiro levantou a bola para Waguinho, que estava em boas condições, mas não conseguiu chegar para cabecear.
O Vila teve uma grande oportunidade aos 14, quando Vida Loka ficou de frente para o goleiro Gu, mas pegou mal na bola, facilitando a defesa. Aos 20, quem teve grande chance foi a Tucurense. Iago deu belo passe para Will, que, de frente para Mateus, pela direita, finalizou para defesa do goleiro.
No segundo tempo, a Tucurense voltou com o centroavante Bruno Augusto no lugar de Humbertinho.
A partida seguiu com poucas oportunidades claras, mas a Vila foi mais perigosa, chegando com mais força ao ataque. Aos 16, após ser pressionado por Nê, Gu tocou mal na bola, que sobrou para Vida Loka. O atacante finalizou forte e Gu deu rebote, aproveitado por Nê, que mandou para a rede. Como Nê estava adiantado no momento do chute de Vida Loka e se aproveitou da condição de impedimento, a assistente Patrícia Brandão, a Naná, levantou a bandeira e o tento foi anulado.
Na segunda metade do segundo tempo, Waguinho saiu para a entrada do meio Fabrício e Rodolfo foi adiantado ao ataque. Aos 32, Nê deu belo passe para Vida Loka, que finalizou: a bola desviou na zaga e foi para escanteio. Aos 35, Bombarda colocou o atacante Gui Mariano no lugar do meia Gabriel. Nos minutos finais, Neneca fez falta em Vida Loka. O goleiro Mateus atravessou o campo e cobrou à direita de Gu.
Torcidas
As duas torcidas ficaram próximas, sem separação, entoaram diversos cânticos, com instrumentos musicais, na maior parte das vezes, simultaneamente. As torcidas chegaram a colorir as arquibancadas com fumaças, vermelha, do Vila Chaib, e branca, da Tucurense.
Times são modificados e artilheiro fica na reserva
Os dois times apresentaram modificações na equipe titular em relação aos jogos de volta das semifinais. O técnico Ivan Kotsura escalou o Vila Chaib com a formação que havia terminado o jogo de volta diante da Santa Cruz, quando a equipe conseguiu virar o placar e golear o adversário por 4 a 1, com três gols no segundo tempo. Kotsura abriu mão do volante Batata e escalou o meia-atacante Rodolfo Rosseto. Outra modificação foi apenas de peça, trocando um atacante por outro: Waguinho, autor de um gol contra a Santa Cruz, foi escalado no lugar de Juninho. Desta vez, porém, o Vila Chaib entrou com uma mudança de posicionamento, em uma espécie de 4-4-2. Diguinho fez uma dupla de volantes com Caio. Diferente da partida contra a Santa Cruz, quando o Vila Chaib precisou ser mais ofensivo no segundo tempo para conseguir a classificação, desta vez, a equipe teve mais cautela no meio de campo, com Rodolfo jogando mais recuado e formando o quarteto de meio com Nê, Diguinho e Caio, deixando Waguinho e Vida Loka na frente.
O técnico Everton Bombarda teve uma postura mais cautelosa em relação aos dois jogos da semifinal quando a Tucurense eliminou o Jardim Europa. A Veterana entrou com cinco meio-campistas, abrindo mão de um atacante, justamente Bruno Augusto, artilheiro da competição, com 19 gols. Nesta partida, a Tucurense teve o retorno do lateral-direito Denis e do zagueiro Neneca, que não haviam atuado no último jogo diante do Europa em virtude de estarem trabalhando. Lucas Delfino, que havia jogado na função de Dênis, foi escalado como volante, em substituição a Amaral, que não esteve na primeira partida da final por ter ido a uma semifinal em São João da Boa Vista. Já Artur, que jogou na zaga contra o Europa, com a volta de Neneca, foi escalado como volante. Desta forma, Bombarda fortaleceu a marcação no meio e abriu mão do artilheiro do Amador na formação inicial, mantendo Will na frente.