A segunda Virada Cultural Paulista, que envolveu Mogi Mirim e Mogi Guaçu, levou cerca de 10 mil pessoas para o Espaço Cidadão neste final de semana. Em Mogi Mirim, o maior público da festa esteve presente no show da banda de rock nacional Titãs, que fez o espaço ficar lotado e a plateia sair do chão literalmente ao som de hits como Homem Primata, Família, Bichos Escrotos, Comida, etc. A banda subiu ao palco por volta de meia-noite, após a apresentação da banda Popmind, Iara Rennó e da alemã, Tusq. Entre as apresentações das bandas, o DJ Fábio Jota não deixou ninguém ficar parado, mixando desde forró, lambada e MPB.
Popmind abriu a Virada por volta das 19h30, com uma apresentação que mexeu com o público. Para atrair os mais tímidos para perto do palco, Popmind não poupou esforços e abriu o diálogo com a população. Mais perto, a banda colocou todo mundo pra dançar com um show espetacular, que mesclou desde Evanescence até Journey, Talking Heads e Coldplay.
Já Iara Rennó, que insere a MPB em diversos estilos musicais, chamou atenção da população com sua apresentação mais que ousada. Com um figurino ofuscante, todo prateado, Iara cantou, tocou e até dançou para o público. Em sua apresentação ainda não havia tantas pessoas presentes, mas a performance visceral da artista fez muita gente ficar de boca aberta.
“É muito bom ter Virada Cultural para que as pessoas conheçam coisas novas. É uma forma de termos aproximação com artistas, até internacionais, que pode ser que nunca tivéssemos”, disse o administrador, Thiago Patelli.
Vinda da alemanha, pela segunda vez no Brasil, a banda Tusq levou seu repertório indie-rock para o Espaço Cidadão. A abertura, nada esperada, foi com o vocalista Uli falando em português, algo inesperado para a população que acabou vibrando até o final com a banda.
Mesmo com a dificuldade com a língua, o líder do grupo ainda manteve diálogo com a plateia e, segundo ele, em entrevista exclusiva a O POPULAR, há um segredo para isso. “É a sexta vez que eu venho para o Brasil, e a segunda vez com a banda. Tenho amigos aqui que me ensinam algumas palavras, inclusive os palavrões”, disse Uli, rindo. O vocalista disse também que ficou muito feliz com a receptividade da plateia com a banda, e conta que “quando você dá amor e alegria para o público, ele retribui”.
Um dos diferenciais da banda é a inclusão da sanfona nas músicas, e de acordo com Uli, é uma coincidência o instrumento ser tradicional no Brasil e na região portuária da Alemanha.
Já no domingo, o frio e a chuva acabaram desanimando o público. Nas duas primeiras atrações quase não havia plateia, mas mesmo assim, Marquinho Dikuã e Thobias da Vai-Vai, além do Bemba Trio, realizaram suas apresentações com muita animação, mostrando o melhor do samba e a música da periferia baiana, respectivamente.
Quem fechou o evento em Mogi foi BNegão & os Seletores de Freqüência, e para essa apresentação, até São Pedro ajudou, fazendo a chuva parar durante o show.
Com público de cerca de 250 pessoas, a banda misturou o funk dos anos 1970 com rap, raggae e até o rock hardcore com direito a vocais guturais, mais eclético, impossível.
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SHOW TITÃS (Fotos: Everton Zaniboni / Letícia Guimarães)
ATRAÇÕES 1º DIA (Fotos: Everton Zaniboni / Letícia Guimarães/ Ludmila Fontoura)
ATRAÇÕES 2º DIA (Fotos: Letícia Guimarães/ Ludmila Fontoura)