sábado, abril 19, 2025
INICIAL☆ Destaque EsporteMogimiriana Vitória Oliveira é atração em torneio de futevôlei, em Campinas

Mogimiriana Vitória Oliveira é atração em torneio de futevôlei, em Campinas

Jogando ao lado do pai e com apenas 12 anos de idade, a menina Vitória Luiza Fermino de Oliveira se tornou atração em um torneio misto de futevôlei realizado em Campinas, em junho, como a mais nova representante feminina. A competição envolvia apenas duplas mistas, ou seja, homens jogando com mulheres. As demais meninas eram adultas. Apesar de a dupla mogimiriana ter perdido os três jogos, a oportunidade serviu como valiosa experiência para Vitória, que teve a honra de enfrentar a campeã mundial Vânia, atleta do Santos Futebol Clube, considerada uma das melhores jogadores brasileiras. Outra dupla que participou foi formada por Vinícius, apontado como um dos melhores jogadores do mundo, e a irmã.

Em Campinas, há diversas meninas da idade de Vitória que treinam em escolinhas de futevôlei, mas nenhuma teve a coragem de disputar o torneio. A ousadia de Vitória fez até o árbitro do torneio pedir para tirar uma foto com a garota, além de ter ficado fascinado com o fato de ela fazer dupla com o pai. Quando a dupla mogimiriana fazia um ponto, a vibração era geral do público. A participação de Vitória serviu como um incentivo para pessoas de mais idade, que hesitam em competir no futevôlei.

Pelas regras da modalidade, o homem só pode sacar em direção ao oponente do mesmo sexo. Já as mulheres podem escolher a direção do saque. Depois do saque, as demais jogadas são livres.

O encanto da menina pelo esporte começou observando o pai André Oliveira, o André Capone, jogar. Já a ideia de competir surgiu quando Vitória assistiu a um torneio e sentiu que teria condições de participar. “Ela viu e começou a ter gosto”, conta o pai.

Vitória Oliveira atraiu a admiração em torneio pela ousadia em encarar nomes experientes. (Foto: Rogério Capela)
Vitória Oliveira atraiu a admiração em torneio pela ousadia em encarar nomes experientes. (Foto: Rogério Capela)

O futevôlei é um esporte difícil de ser praticado não apenas para meninas, como para homens e até jogadores profissionais de futebol, pois exige muita técnica e preparo físico para se movimentar pela quadra. “É difícil, mas gostei bastante. Foi uma experiência boa”, apontou a garota, sobre o primeiro torneio.

Dificuldade para achar outras atletas na cidade

Uma dificuldade para Vitória com o futevôlei é não encontrar outras garotas que praticam o esporte em Mogi Mirim para formar dupla com alguma menina. “É difícil achar alguém que se interesse por futevôlei, eu convido (as amigas), mas elas não sabem, não gostam muito”, lamenta.

Outro problema é carência de locais em boas condições para a prática do futevôlei na cidade. Em Campinas, onde o torneio foi realizado, há diversas escolinhas, com participações de meninas. “Se tivesse em Mogi Mirim um local próprio pra isso não teria só ela. Se eu tivesse condições, eu levaria ela duas, três vezes por semana para treinar em Campinas. Aí ela treinaria com mulher mesmo, não com homem”, observou, explicando que o contato com outras garotas favoreceria o ambiente para deixá-la mais à vontade e ter maior incentivo de prosseguir no esporte.

O pai acredita na evolução de Vitória, até pelo fato de ter começado a treinar apenas neste ano. As primeiras aulas foram realizadas na quadra da chácara do ex-jogador Capone, tio de Vitória. A menina teve aulas com Givanildo Rolim, o Preto, referência do futevôlei em Mogi Mirim. Depois, o próprio pai começou a treiná-la, inclusive com a utilização de vídeos de treinos postados na Internet. “Comecei a passar pra ela e ela pegou o jeito, porque você só pega jeito com treinamento. Tanto que ela até me cobra: pai, precisamos treinar”, contou André, que lamenta ter dificuldades para encontrar mais tempo para treiná-la.

Parceria com filha emociona André Capone

“Primeiro você sonha em casar, depois você sonha em ter um filho. Aí depois você ter um filho jogando com você… É a mesma coisa de você jogar com 50 mil no Morumbi, no Itaquerão”. Desta forma, o pai André Capone, ex-atleta profissional de futebol e hoje empresário e atleta máster do Corinthians e seleção brasileira, define a emoção de fazer dupla com a própria filha no futevôlei.

Ex-jogador profissional de futebol, André Capone vive agora a experiência de jogar futevôlei com a filha Vitória, de 12 anos. (Foto: Rogério Capela)
Ex-jogador profissional de futebol, André Capone vive agora a experiência de jogar futevôlei com a filha Vitória, de 12 anos. (Foto: Rogério Capela)

O prazer de trocar passes com Vitória é especial, fortalecido ainda pelas vitórias em apostas em brincadeiras na chácara do irmão de André, o ex-zagueiro do Mogi Mirim, Capone. Pai e filha superam diversas duplas formadas apenas por meninos, de 15 a 18 anos. “Ganhamos muita Coca já dos meninos na chácara”, conta, com orgulho, o pai.

A importância de ver a filha praticando um esporte também é destacada pelo pai. “O importante é a gente ver a felicidade da filha, gostando do futevôlei, aprendendo. Porque o esporte é um modo de você educar também”, refletiu.

RELATED ARTICLES
- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments