Caros leitores, viaje comigo para esse país de faz de conta que lhes apresento. Tem um presidente que não parece que é presidente. Tem governadores que não se entendem com prefeitos e vice-versa. E ninguém se entende com o presidente. Que finge que tudo está normal.
Esse país enfrenta uma pandemia como se nada houvesse. E isso vale não só para o seu governante-mor, mas para toda a população dele. Que finge que tem medo, que está apavorada, mas abre mão do distanciamento social, do uso correto de máscaras, da higiene das mãos. Daí pega a tal da Covid, mas e daí? Se não acabar morto ou não for um ente muito querido o falecido, tudo bem. Vida que segue.
Um país em que o caro sai os olhos da cara, literalmente. Respiradores superfaturados que nunca chegaram ao seu destino. Hospitais de campanha montados com dinheiro do povo desse país e não utilizados. Dinheiro indo pelo ralo.
Ou melhor, para o bolso de alguns aproveitadores.
Um país em que governantes decretam lockdown, mas todo mundo up. Onde praias são fechadas, mas vivem lotadas. Um país em que se tem cidade multando em mais de 500 paus o cidadão sem máscara, mas que nem fiscais para isso têm. É uma piada. Um país de faz de conta. Em que o vírus da vez nada de braçada. Graças à falta de consciência e respeito ao próximo da maior parte da sua população.
Ah, sim, há um presidente que patrocina o negacionismo, governadores que pintam o diabo e prefeitos que lavam as mãos. E, no meio disso tudo, pessoas morrendo, empresários falindo, famílias destruídas. Enquanto não houver sinergia, consciência e inteligência por parte das pessoas, sobretudo comuns, isso tudo só vai passar mais tarde.
Eu que não queria viver num país assim. E você?
Voltemos ao nosso habitat. E não é que a Viação Fênix, que fatura mais de R$ 1 milhão por mês – antes da pandemia faturava mais de R$ 4 milhões, conseguiu tirar dos cofres públicos da Prefeitura R$ 375 mil nos próximos 90 dias. É muito descaramento. Ou não? Mas vamos fazer de conta que…
Por hoje, só sexta que vem.