sexta-feira, novembro 22, 2024
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Você está pronto para vestir a camisa do Sapão?

Não é usual repetirmos aqui, neste espaço de opinião de O POPULAR, uma mesma pauta. Porém, por mais que os últimos dias não tenham sido agitados como a última semana, ainda paira pela cidade os resquícios de mais uma semana nebulosa na história do Mogi Mirim Esporte Clube.

E todo este cenário caótico coincide com a fase mais sombria do clube. O episódio de expulsão de jovens atletas do Estádio Vail Chaves, com truculência e mão armada, protagonizada por pessoas contratadas pelo cartola Luiz Henrique de Oliveira é só mais um triste capítulo nesta Era das Trevas na qual vive o Sapão da Mogiana.

Tudo isso ocorre em meio a um período em que um fio de esperança parecia se sobressair. A Justiça local aferiu irregularidades no processo eleitoral conduzido pelo grupo de LHO em 2021 e determinou uma intervenção judicial. Tratamos disto aqui antes mesmo do pedido de administração provisória na agremiação.

É impossível definir quais são os sócios do clube e somente uma intervenção, com recadastramento, seria capaz de dar ordem e paz judicial ao Mogi que, assim, teria chances de sobreviver. Neste meio tempo ainda surgiu Wilson Matos, mais um empresário que pagou ao grupo de LHO uma quantia em dinheiro para ter o direito de terceirizar o futebol do MMEC.

Diferente de outros nomes que passaram pela agremiação, Matos chegou a dar um sopro de esperança. Ninguém garante que não será só mais um colaborador para ampliar a terra arrasada na qual virou a camisa vermelha e branca, mas os sinais positivos fizeram com que a torcida, mesmo escaldada após tantos golpes, desse um voto de confiança ao empresário.

A luta pela retomada do clube em favor da cidade continua. É cada vez mais notório que o Mogi Mirim EC caminhará para o seu fim caso continue vinculado ao grupo que assumiu o poder em 2015. Como também se tornou claro que, com o mínimo de trabalho sério e com a chance de pessoas da cidade estarem à frente da administração do clube, a cidade voltará a abraçar o Sapão.

Por isso, por mais que as armas estejam ainda na mão de quem faz o clube andar para trás, a comunidade não deve abaixar a cabeça. É fundamental trazer o MMEC de volta para a sociedade que o concebeu, lá em 1903 e o fez crescer em inúmeros capítulos, incluindo a reorganização de 1932, a profissionalização de 1954 e o início da Era Barros em 1981.

Um Mogi Mirim Esporte Clube forte e distante de olhos urubuzentos significa mais do que futebol. É geração de emprego e renda para inúmeros mogimirianos, é desenvolvimento econômico indireto, visto o giro gerado por um clube profissional forte.

É política social com escolinhas de base e isso inclui não apenas o futebol, como outras modalidades, fazendo com que o clube volte às suas origens, quando fazia jus ao “Esporte Clube” de seu nome e tinha o escudo defendido por competidores de tênis, basquete e outras modalidades. Abraçar de vez o MMEC é contribuir pelo crescimento da cidade e esta é uma luta de todos. Precisamos vencer o jogo mais importante da história do clube. E aí, você está pronto para vestir a camisa do Sapão?

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