sábado, abril 19, 2025
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Você sabe o que é vigorexia? É a busca por mais músculos!

“Uma charada envolta em um mistério dentro de um enigma”. A frase atribuída ao estadista britânico Winston Churchill ao descrever a União Soviética, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, pode ser utilizada para diversas questões relacionadas ao nosso corpo, em especial no aspecto mental. Nosso cérebro nos prega diversas peças, criando ilusões e distorcendo imagens e fatos. E, é exatamente esse tipo de distorção, que ocorre na doença citada no título deste artigo. Sim, vigorexia é uma doença.
Se trata de uma doença psicológica, na qual a vítima busca incessantemente um corpo mais musculoso, e mesmo quando alcança tal padrão corporal não se dá por vencida, e se enxerga com pouca musculatura. Algo semelhante ocorre na anorexia, na qual a vítima se enxerga gorda por mais magra que esteja.
Cientificamente chamada de Transtorno Dismórfico Muscular (TDM), a vigorexia é uma doença bastante recente, que afeta principalmente pessoas do sexo masculino, embora também exista em mulheres. Os doentes não têm vergonha do próprio corpo, até gostam de o exibir, e costumam ser diagnosticados mediante algum (uns) dos seguintes aspectos: preocupação exagerada com o corpo; personalidade introvertida; insatisfação com a estrutura muscular; grande consumo de suplementos (e mais grave, uso de hormônios); dietas muito rigorosas; treinos muito extenuantes (geralmente focado em musculação); cirurgias plásticas; e deixa a vida pessoal e social ser afetada em prol da dieta e treino.
A velha regra do nenhum excesso faz bem também vale para o desenvolvimento muscular e a vontade de melhorar a aparência. Quando isso passa a ser um norte na vida da pessoa, é bom ligar o alerta e se apresentar alguma (s) da (s) característica (s) citada (s) no parágrafo anterior, vale a pena procurar ajuda de profissionais da psicologia, área médica e nutricional.
Pais e responsáveis de adolescentes devem estar atentos a tais possibilidades, pois numa sociedade que valoriza tanto a imagem e cultura corporal, esta faixa etária está mais sujeita a desenvolver o transtorno, embora também seja bastante comum em adultos.

Luís Otavio Bueno de Toledo

E-mail: [email protected]
Personal trainer graduado pela USP (bacharel em Esporte graduado em 2012 – trabalhou na área fitness do Clube Paineiras do Morumby em São Paulo e no Clube Mogiano, em Mogi Mirim)

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