O cheiro das delicias italianas está no ar, não tem jeito! A Della Mamma chegou e junto com a festa, que teve início na noite de ontem e segue até a próxima semana, vem a vontade de provar as maravilhosas massas que não deixam, por alguns dias, ninguém subir na balança sem antes recordar os pecados cometidos. Lasanha, caneloni, molhos, nhoques, espaguetes, sopa no pão, rondelli e muitas outras delícias. Ó quantos pratos de dar água na boca! Se deu vontade de comer, coma! Mate as lombrigas, como diriam os mais antigos! Mas antes dê uma passadinha de olhos pela página e delicie um pouco da história da gastronomia italiana, afinal não apenas ler, mas comer também é cultura!
Para começar a primeira coisa que você deve saber é que, assim como no Brasil, a gastronomia italiana também recebeu uma série de interferências de outros povos. Ou seja, se hoje conhecemos, por exemplo, o macarrão não é porque os italianos inventaram, mas por que o explorador italiano Marco Polo levou a massa da China para a Itália durante uma de suas viagens. Logo, pode-se concluir que o processo é o mesmo do Brasil, que também recebeu uma série de influências por conta da chegada de outros povos, como os italianos que nos apresentaram as massas, ou pastas como chamam. Mas não é só isso não, queridos leitores, a gastronomia italiana vai além.
“Muitas pessoas acham que o forte é a pasta, ou a massa como chamamos, mas também consomem muito os risotos e os caldos, que são os ministrones. Lá eles não falam vou comer uma massa como, por exemplo, uma lasanha, mas vou comer uma pasta gostosa”, disse Cleusa Carvalho, chefe de cozinha e consultora gastronômica do Buffet Santa Cruz, que fica em Mogi Mirim.
Fora os pratos destacados, os italianos também gostam muito de polenta e legumes com molhos, embutidos, como a mortadela, e os queijos. Carnes são consumidas as de porco de carneiro e de boi e os peixes também são bem quistos. Mas, lógico, que como aqui no Brasil as preferências variam de região para região assim como os ingredientes e até as receitas. Aqui no Estado de São Paulo, por exemplo, não é comum que as pessoas consumam maniçoba ou sarapatel, mas na Bahia é comum, faz parte de almoços no dia a dia.
Mas, voltando agora para a Dela Mamma, Cleusa disse que nesse ano há uma novidade na barraca do Buffet Santa Cruz: o torteloni de frango e queijos, lançamento neste ano. Assim, além dos já tradicionais pratos oferecidos, o público terá a oportunidade de saborear e conhecer outra delícia típica.
“Então na festa oferecemos as massas e a pessoa escolhe o molho que preferir. Oferecemos o molho ao sugo, o parisiense e também o molho branco. Nossas massas são todas artesanais, começamos a preparar cerca de três semanas antes e para a festa movimentamos mais de 15 pessoas para a produção de mais de duzentos quilos de massa, a verdadeira receita de massa italiana, feita com ovos, farinha e sal”, frisou a chefe de cozinha e consultora gastronômica.
No clima
Na quarta-feira, houve no Centro Cultural de Mogi Mirim a abertura da exposição chamada “Italianidade”, composto por três mostras fotográficas: Uma Itália Paulista,
Retratos da Família Italiana em São Paulo
e A Itália dos Territórios. A exposição segue até o dia 18 de maio e pode ser visitada de segunda a sexta-feira das 8h às 16h. “A ideia é trazer a parte cultural e não só a parte gastronômica. Hoje se pegarmos a lista telefônica pelo sobrenome dá para perceber que 72% da população de Mogi Mirim tem descendência italiana”, disse o Correspondente Consular da Itália em Mogi Mirim e organizador da Festa Dela Mamma, Sebastião Zolli Júnior.