sábado, novembro 23, 2024
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Vôlei de Mogi Mirim é bicampeão da Copa Regional

No sábado, dia 7 de dezembro, o voleibol da Sejel (Secretaria de Esporte Juventude e Lazer) de Mogi Mirim conquistou o título da Copa Regional de Voleibol. A competição organizada pela Liga Regional de Voleibol (LRV) chegou à sua 27ª edição e, pela segunda vez, Mogi Mirim ficou com a taça de campeã da Série Ouro. O título foi obtido com duas vitórias em dois jogos no playoff melhor de três. Na quinta-feira, dia 5, vitória por 3 sets a 2, em Mogi. Dois dias depois, em Jundiaí, triunfo diante dos donos da casa.

A vitória não só eliminou a chance de um jogo três, como adiantou a taça nas mãos de uma equipe que se portou como campeã do começo a fim do campeonato. E que teve uma motivação extra. Uma situação que se tornou impossível de se desprender da campanha desportiva. Durante a competição, chegou a notícia de que Manu, uma das filhas do técnico Alex Lucon, foi diagnosticada com câncer. “Após a notícia da doença da nossa mascotinha, eles (jogadores) se agigantaram e não perderam mais”.

Foram vitórias seguidas desde o dia 4 de setembro. Um período complicado na vida de Lucon, que ganhou forças na luta de sua menina não apenas pelos braços fortes da família, mas também com um grupo de comandados, amigos e lutadores. “Muita dificuldade entrar em quadra e lembrar que a Manu está longe, sofrendo com internações e agulhas. Que a minha esposa está lá sofrendo, mas forte, como uma montanha. Cada espetada, cada grito, cada choro de dor, é difícil ver a minha filha Bia sofrendo calada nos cantinhos, com saudade da mãe e da irmã. Cuidar dela e abraçá-la, dizendo que vai acabar tudo bem”, confidenciou Lucon à reportagem.

Em meio à batalha da filha pela vida, Lucon comandou seu exército na guerra pelo troféu. E contou com soldados extremamente aptos e dedicados. “Vencer com essa equipe é fácil, pois são guerreiros dentro e fora da quadra. Foram para cima de cada adversário como se fosse o último jogo, a última partida de cada atleta, dedicando cada bola para a minha pequenina”, frisou o treinador. Na primeira partida da final, realizada no ginásio Wilson Fernandes de Barros (Tucurão), toda a família de Lucon esteve presente. Incluindo a Manu.

Os atletas rasparam o cabelo para entrar em quadra. E fizeram um jogo monumental, acompanhado por um grande público. Mogi venceu o primeiro set por 25 a 21, mas perdeu o segundo, por 26 a 28, após abrir 24 a 21. No terceiro, nova vitória, por 25 a 23, mas Jundiaí empatou, com um 25 a 19 e levou o jogo para o tie-break. Decisão insana. Jundiaí chegou a abrir 12 a 9 e a ficar a três pontos do triunfo. Mogi empatou e virou para 14 a 12.

Flertou com o match point várias vezes. Mas, também com o fracasso. Na raça, com atletas lesionados, jogar por eles, por Mogi e pela pequena Manu fez a diferença e com 21 a 19 fecharam o jogo em 3 a 2. No sábado, foram até o ginásio Dal Santo, em Jundiaí. E atropelaram ao anotar 3 sets a 0, com parciais de 25 a 20, 25 a 19 e 25 a 18. Título que repete o ano dourado de 2016.

A quarta medalha de ouro para boa parte do elenco, que também já faturou duas vezes a Copa por Mogi Guaçu. Troféu para motivar ainda mais Manu e toda a família Lucon na batalha contra o câncer. Taça conquistada para uma Mogi Mirim que, com energias positivas, também pode fazer parte deste campeonato ainda não encerrado. A luta da pequena Manu, a bandeira de uma conquista edificada a base de suor e lágrimas.

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