domingo, setembro 15, 2024
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Voto inconsciente e os amargos tributos

É unanimidade que impostos não agradam a ninguém. Até mesmo porque o Brasil é o país que mais paga tributos, mas pouco se vê os recursos serem empregados na melhoria dos serviços públicos. Por outro lado, é preciso fazer um parênteses nesse assunto. Burlar o pagamento de impostos também não seria uma forma de corrupção?

Se a população, mogimiriana e brasileira, cobra uma postura ética dos agentes políticos, ela também deve agir dentro das leis, ou então todos estão dentro do mesmo saco podre. Isso é só um exemplo para os contribuintes entenderem que pagar Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), seja estabelecido por lei aprovada na Câmara Municipal ou decreto, é um dever de todos.

O cidadão tem que cumprir com suas obrigações, caso contrário será penalizado, bem como o Poder Público, ao aplicar os tributos, uma vez que se não o fizer, corre risco de ser responsabilizado por crime de improbidade administrativa por renúncia de receita. O correto é o munícipe quitar seus impostos e cobrar a Prefeitura para que o dinheiro seja realmente revertido em benefícios à cidade.

No caso do carnê complementar do IPTU, seria justo não cobrar daqueles contribuintes que passaram cerca de dez anos sem pagar o real valor pela construção ou ampliação que fizeram em mais de 25% da área construída dos seus imóveis, sem comunicar o Executivo? E como ficam aqueles que, mesmo enfrentando todos os tipos de dificuldades, pagaram suas contas durante esse tempo?

Outro questionamento a ser feito é se ainda seria aceitável que os novos condomínios, por exemplo, continuassem cadastrados com o preço de terra de origem, mesmo depois de valorizados? São empreendimentos detentores de infraestrutura e logística e, no entanto, pagam valores similares aos moradores do Parque das Laranjeiras, bairro da zona Leste, que foi criado em 1981 e ainda hoje carece de investimentos estruturais.

São essas perguntas que os mogimirianos precisam fazer e colocar na “balança” antes de saírem, aos quatro cantos da cidade, gritando por mudanças. Como reivindicar por políticos honestos, se a própria população se corrompe, tentando dar um jeitinho para aquilo que não é do seu agrado?

Outro ponto crucial dessa questão, e necessário ser dito, é a consequência dos más gestores. Mogi Mirim foi arrasada nos últimos anos e agora, sem caixa, precisa achar meios de arrecadar recursos. Enquanto a população não se atentar sobre a importância do voto, infelizmente, continuará sentido, ou melhor pagando, pelos efeitos de uma escolha inconsequente.

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